Qual o futuro da humanidade? Este é o ponto de partida de ‘O futuro de uma ilusão’, ensaio escrito por Sigmund Freud em 1927. Se a cultura humana repousa precariamente sobre a repressão de impulsos antissociais naturais a todos, a religião é a principal força a controlar estes impulsos, o que nos leva à outra pergunta: qual a origem psicológica da necessidade do sentimento religioso no indivíduo? Freud demonstra que a religião (‘a neurose obsessiva universal da humanidade’) depende de sentimentos infantis não resolvidos e afirma ser ela, bem como seus dogmas, a culpada pela atrofia intelectual da maior parte dos seres humanos.
Sobre o autor
Nasceu em Freiberg, na Morávia (hoje República Tcheca). Devido a problemas econômicos, sua família se mudou para a Aústria em 1860. Aos 17 anos, Freud ingressou na Universidade de Viena para estudar medicina. Em 1886, se casou com Martha Bernays e abriu uma clínica especializada em distúrbios nervosos, onde desenvolveu o princípio da psicanálise. No ano de 1900, foi designado professor na mesma universidade. Em 1938, refugiou-se com sua família em Londres, em função da perseguição nazista. Depois de sofrer dezenas de intervenções cirúrgicas devido a um câncer de palato, Freud faleceu, em 1939. Entre suas obras mais conhecidas se encontram ‘A interpretação dos sonhos’ (1900), ‘Totem e tabu’ (1912) e ‘O ego e o id’ (1923).