Um retrato da década de 1930 em Londres — e uma aula sobre como explorar a consciência da modernidade. Cenas londrinas compila seis crônicas nas quais Virginia Woolf confirma sua paixão por sua cidade natal. Ao se deslocar entre a perspectiva tanto de grandes homens e de cidadãos comuns, a autora oferece uma visão original, clara e atraente do movimento orgânico das ruas. É como se a autora conduzisse o leitor por um passeio que começa nas docas de Londres, migra para o tumultuado comércio ambulante da Oxford Street, e prossegue com um curioso giro por endereços de cidadão notáveis, em busca de escritores ilustres. Há a contemplação das catedrais de St. Paul e de Westminster, e a visita à casa de Keats, em Hampstead. Por fim, o olhar se fixa na figura típica da mulher de classe média inglesa, que, para o escritor Ivo Barroso é ‘a visão de um microcosmo representativo de toda uma nacionalidade’.
Sobre o autor
Virginia Woolf nascei em Londres em 1822. Filha do crítico literário Leslie Stephen, Virginia foi figura central do grupo Bloomsbury e colaborou com Times Literary Supplement. Em 1912, casou-se com Leonard Woolf e fundou a casa editorial Hogarth Press, que lançou, além da própria autora, T.S. Elliot, Forster e Mansfield. Em 1915, Virginia publicou seu primeiro, A viagem. Também escreveu Mrs. Dalloway, Noite e dia, O quarto de Jacob, Ao farol, As ondas, Orlando e Um teto todo seu. Suicidou-se em março de 1941.