‘Bem-vindo à minha casa. Venha livremente. Vá em segurança; e deixe um pouco da felicidade que você traz!’ Assim se apresenta o conde Drácula ao intrigado Jonathan Harker e ao cânone da literatura mundial. Nascia então, pela pena de Bram Stoker, a mais célebre encarnação dos demoníacos strigoi, os vampiros que há séculos habitam o imaginário de tantos povos.
O protagonista é comumente associado à figura de Vlad Tepes, ou Vlad, o Empalador, príncipe da Valáquia do século xv que passou à história por sua crueldade e seu sadismo, mas também por sua luta contra a expansão islâmica na Europa. Vlad Tepes é celebrado como herói popular até hoje na Romênia e na Moldávia.
Desde o seu surgimento, a maldição de Drácula, a bravura de seu rival Van Helsing e do apaixonado Harker, o sofrimento da doce Mina e os mistérios de uma terra envolta em brumas e superstição encantam os leitores desta obra magnífica.
Embora só tenha adquirido status de obra-prima décadas depois do lançamento, Drácula chamou atenção já na estreia, tendo sido considerado pelo jornal londrino Daily Telegraph uma obra que suplantava as de grandes autores góticos da época, como Mary Shelley (autora de Frankenstein) e Edgar Allan Poe.
Convidamos à apreciação desta nova edição de Drácula. Venha livremente e tente permanecer em segurança.
Despre autor
Bram Stoker (1847-1912) escreveu seu primeiro ensaio aos 16 anos, em Dublin (Irlanda), e acabaria se tornando um crítico teatral não remunerado na juventude. Foi apenas aos 29 anos, após mudar-se com a esposa para Londres, que iniciou as primeiras experimentações na ficção, produzindo textos deste e de outros gêneros para o jornal londrino Daily Telegraph. Após muitos anos de pesquisa sobre o folclore do leste europeu e a mitologia dos vampiros, escreveu a maior obra de sua carreira, Drácula, que definiu para sempre o estereótipo do vampiro moderno. Bram Stoker morreu em Londres, após uma série de derrames cerebrais. Suas cinzas repousam no crematório de Golders Green, na capital inglesa.
José Ignacio Coelho Mendes Neto é bacharel em Direito e mestre em Filosofia pela Universidade de São Paulo, além de mestre em Relações Internacionais pelo Instituto de Altos Estudos Internacionais da Universidade de Genebra. É tradutor de filosofia, direito e ciências humanas. Fez a primeira tradução para o português dos Seis livros da República, de Jean Bodin. Traduziu também Os pensadores da Grécia, de Theodor Gomperz; Ética prática, de Henry Sidgwick; A dogmática jurídica, de Rudolf von Ihering; A teoria da instituição e da fundação, de Maurice Hauriou; Autobiografia de Hans Kelsen. Para a Edipro, fez as traduções de História concisa da Índia Moderna, de Barbara e Thomas Metcalf; História concisa da Rússia, de Paul Bushkovitch; História concisa dos EUA, de Susan-Mary Grant e Como ganhar uma eleição, de Quintus Tullius Cicero.