Neste nono volume, Pinóquio promete à Fada que vai estudar e que quer tornar-se um menino de bem. Um dia, porém, vai com seus colegas de escola até a beira do mar para ver o terrível Tubarão, envolve-se em uma luta com eles e é preso pelos policiais. O escritor italiano Carlo Collodi começou a publicar, a partir de 1881, as aventuras do boneco Pinóquio em capítulos, no jornal italiano para crianças Giornale dei Bambini. Assim, o mundo ganhou esse personagem maravilhoso, um boneco feito de madeira e magia, que brinca, que fala (e mente) como um menino de verdade. Estas aventuras aparecerão em livro de forma completa e definitiva em 1883 como As aventuras de Pinóquio.
Cuprins
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
Despre autor
Era uma vez…
— Um rei! — logo dirão os meus pequenos leitores.
Não, crianças, vocês erraram. Era uma vez um pedaço de madeira.
Parodiando as primeiras linhas de Pinóquio, poderíamos dizer:
Era uma vez…
— Um senhor chamado Collodi!
Sim e não… Porque Collodi era o pseudônimo de Carlo Lorenzini, autor das incríveis aventuras de Pinóquio e de outras histórias para crianças.
Nascido em Florença (Itália) em 1826, era o mais velho de nove irmãos de uma família modestíssima — sua mãe era empregada doméstica e seu pai era cozinheiro. Sua grande paixão na juventude foi a política, que o levou a participar como voluntário, nos anos de 1848 e 1859, das duas guerras pela independência de seu país, que defendiam o ideal de uma Itália republicana, democrática e unida.
Collodi dedicou-se ao jornalismo fundando o jornal O lampião, orientado por ideias liberais e republicanas. A partir de 1850, ampliou suas atividades e passou a trabalhar escrevendo peças teatrais e obras literárias.
Utilizou pela primeira vez o pseudônimo de Collodi — nome da aldeia italiana na qual sua mãe havia nascido e vivido — em 1856, adotando-o definitivamente para assinar seus livros entre os anos 70 e 80.
Collodi começou a escrever livros para crianças a partir de 1875, publicando, de início, uma tradução dos contos de fadas franceses de Charles Perrault, autor que admirava e que influenciou sua obra infantil. Seguiram-se novas publicações para serem utilizadas na escola, com enredos marcados pela apresentação de conhecimentos a respeito de vários assuntos, como é o caso de ‘A viagem de Giannettino pela Itália’, ‘A aritmética de Giannettino’, ‘A gramática de Giannetino’. Gradativamente, Collodi abandonará as obras claramente didáticas para criar as histórias pelas quais é lembrado até hoje, nas quais a fantasia e a emoção prevalecem sobre a intenção de ensinamento.
A partir de 1881, Collodi começou a publicar em capítulos as aventuras de Pinóquio, que nesta época se chamavam História de um boneco, no jornal italiano para crianças Giornale dei Bambini. Depois de algum tempo, desentendendo-se com o diretor deste jornal, Collodi abandonou a história. Mas, ela tinha provocado tanto interesse do público infantil que o escritor foi chamado e convidado a continuar seu relato.
Assim, a pedido das crianças, o mundo ganhou um personagem maravilhoso, um boneco feito de madeira e magia, que brinca, que fala (e mente) como um menino de verdade. Estas aventuras aparecerão em livro de forma completa e definitiva em 1883, como As aventuras de Pinóquio. Durante este período, também serão publicados neste mesmo jornal os contos que, mais tarde, serão reunidos sob o título de Histórias alegres.
Collodi morreu em Florença, no ano de 1890. Seu talento de escritor é reconhecido e seu nome é até hoje lembrado quando se fala em literatura infantil, principalmente pelas aventuras vividas pelo personagem Pinóquio.
Silvia Oberg