Certamente tanto o público brasileiro, assim como o de língua inglesa, está familiarizado com o ‘Cântico de Natal’, de Charles Dickens, uma história em que três fantasmas ajudam o protagonista a descobrir o significado do Natal. Mas os fantasmas também estão presentes em vários outros contos do clássico autor inglês, independentemente do 25 de dezembro. Este volume da coleção Clássicos do Medo, reúne as melhores histórias de fantasmas de Dickens, que conduz o leitor aos limites da realidade, em textos onde não se sabe o que pode ser verdade ou o que se trata de imaginação.
Despre autor
Você acredita em fantasmas? Charles Dickens acreditava. Tanto que foi um dos primeiros membros do Th e Ghost Club, de Londres, uma sociedade dedicada à investigação de fenômenos paranormais, fundada em 1862, que permanece em atividade até os dias de hoje (www.ghostclub.org.uk). Mas o interesse do escritor pelo assunto é bem anterior a isso e data de sua infância, nele se misturando a curiosidade pelo sobrenatural e o amor à literatura. Durante os primeiros anos de sua infância, Dickens esteve aos cuidados de uma babá chamada Mary Weller, que, segundo o depoimento do autor, era uma fantástica contadora de histórias e tinha um gosto muito particular pelas histórias de fantasmas. Quando Miss Weller deixou a família Dickens, o pequeno Charles já era alfabetizado e supriu a ausência da narradora doméstica comprando semanalmente uma revista intitulada The Terrific Register, especializada em contos de terror e mistério. Quando adulto, o interesse pelo sobrenatural não desapareceu, resultando em diversos contos de fantasmas ou ghost stories, entre os quais se destacam os que compõem este volume. O que se espera de uma boa história de fantasmas é que ela provoque medo no leitor, colocando-o diante da incômoda emergência do sobrenatural em meio à realidade cotidiana.