A crucificação e a ressurreição de Cristo são o ápice do plano redentor divino. Na cruz, a justiça e a paz se beijaram (Salmo 85:10), o ato sacrificial de amor aplacou a ira merecida pelo pecado. O corpo ferido de Cristo rompeu a barreira da inimizade que separava a humanidade da presença do Pai e escreveu a mais fantástica história de amor.
O tema central das Escrituras é abordado de forma magistral nestes 13 sermões de Charles Haddon Spurgeon sobre a cruz de Cristo. Desde a profecia do sacrifício do Messias no Antigo Testamento até a glorificação do Cordeiro, Senhor é apresentado como o Enviado de Deus para ‘buscar e salvar o perdido’.
Cada uma das palavras aqui registradas lhe provocará a reflexão do quanto custou a Deus remir o que estava perdido. A paixão com que foram registradas instiga o leitor a sondar seu compromisso com o Redentor em vista de tal demonstração do amor divino.
Há mais de um século, os sermões de Spurgeon têm inspirado, exortado, consolado e instruído a Igreja de Cristo em vários lugares do mundo.
Cuprins
1-O homem de dores: Isaías 53:3
2-Getsêmani: Lucas 22:44
3-O primeiro brado na cruz: Lucas 23:34
4-O mais curto dos sete brados: João 19:28
5-Lamá Sabactâni: Mateus 27:46
6-As últimas palavras de Cristo na cruz: Lucas 23:46; Salmo 31:5; Atos 7:59
7-O vergonhoso sofredor: Hebreus 9:12
8-A entrada de Cristo nos Santos dos Santos: Hebreus 9:12
9-Nosso Senhor no vale da humilhação: Filipenses 2:8
10-Morte e vida em Cristo: Romanos 6:8-11
11-A palavra da cruz: 1 Coríntios 1:17, 18
12-Três cruzes: Gálatas 6:14
13-O Cordeiro em glória: Apocalipse 5:6, 7
Despre autor
Charles H. Spurgeon, conhecido como ‘príncipe dos pregadores’, foi um dos maiores evangelistas do século 19. Após mais de 100 anos de sua morte, seu exemplo de fé e prática do evangelho ainda continua inspirando milhares de cristãos ao redor do mundo.
Spurgeon era precocemente notável, leu muitos livros, entre eles O Peregrino (Publicações Pão Diário, 2018), de John Bunyan, obra que marcou profundamente sua vida. Ainda na infância ouviu uma palavra que foi confirmada, posteriormente, durante seus anos de ministério: ‘Este menino pregará o evangelho a grandes multidões’.
Spurgeon buscava um relacionamento genuíno com Cristo. Por isso, dos 14 aos 16 anos, passou por uma crise a respeito de sua salvação. A convicção de pecado perturbava sua alma. Após sua conversão, foi batizado e começou a distribuir panfletos e a ensinar crianças na Escola Dominical em Newmarket.
Spurgeon causou muita agitação em Londres. Sua pregação brotou como um manancial no deserto espiritual em que vivia a Inglaterra e outros lugares da Europa naquela época. Em pouco tempo Spurgeon se tornou uma figura célebre ao redor do mundo e foi reconhecido como uma das mentes mais brilhantes de sua época.
A oração também foi uma prática contínua ao longo de sua vida. Spurgeon disse, certa vez, à sua congregação: ‘Que Deus me ajude se deixarem de orar por mim! Que me avisem, pois naquele dia terei de parar de pregar. Deixem-me saber quando se propuserem a cessar suas orações a meu favor, pois então exclamarei: 'Deus, dá-me o túmulo neste dia, e durma eu no pó.'’
Aos 50 anos de idade, Spurgeon pastoreava uma igreja de milhares de pessoas, respondia uma média de 500 cartas semanalmente, lia seis livros teológicos por semana, e isso, dizia ele, representava apenas metade de suas tarefas. Dentre seus dons estava a capacidade de escrever. Comunicava sua mensagem escrita tão bem quanto a pregava.
Foi casado com Susanah Thompson, seu amor e inspiração, e teve dois filhos, os gêmeos Thomas e Charles.
Suas últimas palavras, no leito de morte, foram dirigidas à sua esposa: ‘Ó, querida, tenho desfrutado de um tempo muito glorioso com meu Senhor!’ Ela, então, exclamou: ‘Ó, bendito Senhor Jesus, eu te agradeço pelo tesouro que me emprestaste no decurso desses anos’.
Muitos cortejos e cultos foram organizados em Londres para o funeral. Em seu caixão, uma Bíblia estava aberta no texto de sua conversão: ‘Que todo o mundo se volte para mim para ser salvo!’ (Isaías 45.22). Em seu simples túmulo, estão gravadas as palavras: ‘Aqui jaz o corpo de CHARLES HADDON SPURGEON, esperando o aparecimento do seu Senhor e Salvador JESUS CRISTO.’