Em A escola não é uma empresa, o sociólogo Christian Laval discute a crise de legitimidade da escola em tempos de avanço neoliberal e coloca em xeque os valores embutidos em termos hoje correntes na educação, como ‘inovação’ e ‘eficiência’. A obra faz um diagnóstico geral das mudanças nos sistemas educacionais influenciadas pelo chamado neoliberalismo escolar. Laval mostra como o Banco Mundial, a Organização Mundial do Comércio e a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, entre outros órgãos, pressionam os sistemas de educação nacionais a fazer com que as instituições de ensino e os profissionais que nelas trabalham se moldem às necessidades do capitalismo contemporâneo. Vendidas como modernizadoras, medidas como as provas padronizadas e ideias como as de capital humano e de competências e habilidades se prestam mais a atender interesses do mercado que à formação e emancipação dos estudantes. A Boitempo publica esta obra pioneira, que serviu de alerta para a luta em defesa da escola pública na França, em nova tradução e com um prefácio inédito do autor, que atualiza as questões discutidas na obra e as relaciona ao contexto brasileiro.
Despre autor
Christian Laval é professor de sociologia da universidade Paris-Ouest Nanterre-La Défense. É autor de L’Homme économique: Essai sur les racines du néoliberalisme (Gallimard, 2007) e também de um volume de história da sociologia, L’ambition sociologique (Gallimard, 2012). Após A nova razão do mundo, Dardot e Laval, publicaram juntos Marx, prénom: Karl (Gallimard, 2012) e Commun: Essai sur la révolution au XXIe siècle (La Découverte, 2014). Atualmente estão escrevendo sobre a radicalização do neoliberalismo após a crise de 2008. A nova razão do mundo foi publicado na Espanha, na Turquia, na Itália, na Hungria e na Coreia, e em 2017 será lançado na Alemanha e na Grécia.