A promessa de desenvolvimento sempre exerceu uma espécie de fascínio à esquerda e à direita do espectro político. Ao mesmo tempo que anunciava bem-estar e qualidade de vida, reduzia todos os aspectos da existência humana – e a diversidade cultural dos povos – aos parâmetros estabelecidos pelo mercado e pelo consumo.
Descolonizar o imaginário propõe um debate sobre o desenvolvimento em uma perspectiva ampla e diversa. Seus treze ensaios apresentam uma reflexão crítica ao modelo de integração subordinada da América Latina no mercado global
neoliberal – que não foi abandonado após a ascensão dos governos progressistas.
Mais do que isso, os textos fomentam, assim, um diálogo urgente sobre a necessidade de construir um horizonte renovado para superar as contingências típicas do Estado patriarcal, colonial e classista.
Cuprins
Apresentação à edição brasileira
Introdução
01 Extrativismo e neoextrativismo
02 Pensar a partir do feminismo
03 Estado e políticas públicas
04 Extrativismo neodesenvolvimentista e movimentos sociais
05 Transições ao pós-extrativismo
06 Com o tempo contado
07 As roupas verdes do rei
08 Ressignificando a cidade colonial e extrativista
09 Os governos progressistas e as consequências do neoextrativismo
10 O Estado como instrumento, o Estado como impedimento
11 O desenvolvimento e a banalização da ilegalidade
12 A Natureza como sujeito de direitos
13 O debate sobre o ‘extrativismo’ em tempos de ressaca
Despre autor
Gerhard Dilger é jornalista, formado em Letras e Sociologia. Mora na América Latina desde 1992, onde trabalhou como correspondente para Die Tageszeitung (TAZ), Neues Deutschland, Evangelischer Pressedienst, Der Standard e Die Wochenzeitung (WOZ), entre outros. Desde 2013, é diretor do escritório regional da Fundação Rosa Luxemburgo para o Brasil e o Cone Sul, em São Paulo.
Jorge Pereira Filho é coordenador de projetos na Fundação Rosa Luxemburgo. É formado em Comunicação Social e cursou Geografia na Universidade de São Paulo (USP), onde é mestre e doutorando em Comunicação Pública.
Miriam Lang foi diretora da Fundação Rosa Luxemburgo, escritório região andina. Possui doutorado em Sociologia na Universidade Livre de Berlim, com especialização em Estudos de Gênero, e mestrado em Estudos Latino-Americanos. Sua experiência inclui ampla colaboração com organizações de mulheres e indígenas na América Latina.