Este livro foi escrito num período da história quando algumas das mais proeminentes nações do mundo experimentavam visões de governos próximas às socialistas, que na teoria prometiam igualdade e prosperidade, mas, na prática, resultaram no exato oposto. Como essas visões ainda acalentam o sonho de muitas pessoas, tal análise continua tão pertinente como foi há 166 anos.
Frédéric Bastiat conseguiu antever, quase como um profeta – quando Marx apenas divulgava o que seriam as bases de O Capital –, toda a sorte de equívocos que aquelas visões carregavam e criou esse manifesto para desmascarar aqueles que defendem a ideia de dar mais poder ao Estado: os intervencionistas, os planejadores, os protecionistas e os socialistas.
A Lei – Porque a esquerda não funciona, traz uma reflexão prática sobre ideias de filósofos e outros pensadores acerca da política e da vida em sociedade, dentre eles John Locke e Adam Smith, e trata de temas como liberdade, direitos à propriedade, espoliação, igualdade, livre iniciativa, impostos, democracia, sufrágio universal, autoritarismo e tantos outros que, passados quase dois séculos, ainda provocam debates acalorados.
Desde quando seu livro foi publicado, em 1850, os planejadores e os socialistas vieram a controlar cerca da metade do mundo, o que resultou não apenas em opressão e miséria como previsto por Bastiat, mas na morte de mais de cem milhões de seres humanos*; por outro lado, os países que se tornaram ricos foram aqueles que mais apostaram na liberdade.
Este livro teve o melhor destino que um livro teórico pode alcançar: a prática provou que estava certo, em um grau muito maior do que seu autor poderia imaginar.
É impossível, com tantos dados e tentativas práticas, negar as qualidades bastante superiores do caminho liberal na promoção da riqueza, da dignidade e do bem-estar. A Lei é o melhor caminho para começar a compreender isso.
Despre autor
Claude Frédéric Bastiat nasceu em 30 de junho de 1801, em Bayonne, França. Ainda na juventude, descobriu o liberalismo clássico e começou a estudar economia. Publicou vários trabalhos em defesa do livre comércio e lançou em Paris, em 1846, Le Libre Échange, um jornal dedicado a essa causa. Em 1848, tornou-se deputado da Assembleia Constituinte, mas acabou renunciando em 1850 devido ao estado deteriorado de sua saúde. Morreu em 24 de dezembro de 1850, de tuberculose, em Roma, aos 49 anos.
Bastiat, um dos economistas mais influentes de todos os tempos, deixou uma extensa obra dedicada à defesa da liberdade e à contestação de várias falácias econômicas, além de ter formulado ou aprofundado conceitos como o custo de oportunidade, a falácia da janela quebrada e a lei das consequências não-intencionais.