Espíritos rebeldes, também já publicado como Almas rebeldes, é uma reunião de contos que foram compilados em 1908, quinze anos antes da publicação de O profeta.
A primeira dessas histórias, chamada ‘Wardé Al-Hani’, é sobre uma moça que deixa o marido e a riqueza deste para viver uma vida humilde com o homem que ama.
‘O grito das tumbas’, outra história, emite a mensagem atemporal da opressão dos fracos pelos fortes.
A história seguinte, ‘O leito nupcial’, é sobre uma festa de casamento que começou alegre e terminou muito triste.
Em ‘As ninfas do vale’, o jovem pastor louco Yuhanna era o porta-voz de Gibran.
Aqui, em Khalil, o Herege, seu porta-voz é Khalil, que tem um caráter mais ousado e luta para ver o correto triunfar sobre o errado.
As imagens e o simbolismo destas histórias são fecundos e eficientes: sua mensagem mística e filosófica brilha como uma lua libanesa entre nuvens prateadas.
Despre autor
Khalil Gibran (1883-1931) foi um ensaísta, filósofo, prosador, poeta, conferencista e pintor de origem libanesa. Nasceu na cidade de Bsharri, no norte do Líbano, mas emigrou para Boston, nos Estados Unidos, com a mãe e os irmãos durante a infância. Foi nos Estados Unidos que começou a se interessar por arte, porém sua mãe e seu irmão incentivaram-no a retornar à sua terra natal aos quinze anos para que conhecesse melhor sua herança cultural. Em 1902, ao voltar aos Estados Unidos, Gibran começou a publicar textos em árabe, que chamaram a atenção da comunidade local, e a expor seus quadros, o que lhe deu a oportunidade de estudar em Paris. Seus primeiros livros foram escritos em árabe. Fazem parte dessa produção inicial obras como A música (1905), As ninfas do vale (1906), Asas partidas (1912), Uma lágrima e um sorriso (1914), A procissão (1919) e Temporais (1920). A partir de 1918, Gibran começou a escrever em inglês, publicando obras de sucesso como O precursor (1920), O profeta (1923), Areia e espuma (1926), Os deuses da Terra (1931) e A voz do mestre (1963). Esta última, uma obra póstuma. Gibran morreu em 1931, aos 48 anos, em Nova York, vítima de cirrose e tuberculose.
Edson Bini é um consagrado e produtivo tradutor, sendo esta sua atividade principal há mais de 40 anos. Nasceu em São Paulo, em 02 de dezembro de 1946. O primeiro livro que leu na vida foi O Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas. Aos 12 anos se apaixonou por filosofia quando leu pela primeira vez Platão. Estudou filosofia na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP e seu interesse inicial pela língua grega foi despertado nas primeiras aulas do professor José Cavalcante de Souza (doutor em língua e literatura gregas) quando ele escrevia fragmentos dos pré-socráticos em grego no quadro negro. Nesta época, década de 70, iniciou sua atividade como tradutor e redator, além de se dedicar ao estudo da história das religiões. Trabalhou com o jornalista e escritor Ignácio de Loyola Brandão. Realizou dezenas de traduções nas áreas da filosofia, inclusive filosofia do direito, para as editoras Hemus, Ícone, Martins Fontes, Landy, Loyola e há quase 20 anos é tradutor da Edipro, ocupando-se principalmente da tradução anotada, de cunho marcantemente didático e formativo, de grandes obras da filosofia grega antiga, embora haja também trazido para nosso vernáculo, autores como Maquiavel, Kant, Montesquieu, Nietzsche, Rousseau, Bacon e Descartes. Dedicando-se, sobretudo, à tradução anotada durante este período, seu trabalho que ganhou maior notoriedade foi a tradução das obras completas de Platão e na sequência obras de Aristóteles.