No alvorecer do século XX, o antropólogo e explorador alemão Theodor Koch-Grünberg aventurou-se em uma saga apaixonante pelo Brasil setentrional, em viagens pelo norte do Amazonas, entre a Venezuela e a Guiana Inglesa. Em suas expedições, travou contato com muitas tribos, algumas das quais até então inteiramente desconhecidas, estudando suas línguas e seus costumes. O trabalho etnográfico do explorador legou-nos registros linguísticos, botânicos, zoológicos e iconográficos de valor inestimável, e, como corolário, tornou-se marco vigoroso no percurso de constituição da imagem e da autoimagem do Brasil. Este volume examina a cultura material e espiritual de algumas tribos do norte do Brasil e do sul da Venezuela. Ricamente ilustrado, o tomo fecha com chave de ouro a publicação de uma obra que transpira a paixão, o encantamento e a seriedade constantes do explorador diante de seu objeto de atenção
Despre autor
Theodor Koch-Grünberg (Grünberg, 9 de abril de 1872 – Caracaraí, 8 de outubro de 1924) foi um etnologista e explorador alemão que contribuiu de forma indelével ao estudo dos povos indígenas da América do Sul, em particular dos pemon da Venezuela e dos povos indígenas brasileiros da região Amazônica, estudando a mitologia, as lendas, a etnologia, a antropologia e história deles. Suas narrativas dos mitos dos povos indígenas, são referidos por Mário de Andrade na sua obra Macunaíma – o herói sem nenhum caráter, de 1928. Morreu inesperadamente, de malária, durante uma expedição com o pesquisador norte-americano A. Hamilton Rice e o brasileiro Silvino Santos, que procuravam cartografar o Rio Branco.