O livro O Alienista foi escrito Machado de Assis e publicado em 1882. Uma história fixada no movimento do Realismo no Brasil, um importante movimento literário, que teve em Machado o principal autor.
A história ocorre em uma pequena cidade. O consagrado médico Simão Bacamarte, famoso na Europa, resolve abrir um consultório em Itaguaí, município da região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro. Futuramente ele abri um manicômio, a famosa Casa Verde, na cidade, para os seus estudos de psiquiatria. Com o tempo Simão começa a ver loucura em diversos moradores da região e arredores e, forçadamente os interna como loucos. Na mesma época o médico pensa em se casar com a viúva Evarista por achar que ela seria uma boa parteira, pois seu interesse não é o amor e sim ter filhos.
O povo da região começa a ter medo de sair às ruas, pois a qualquer momento poderia ser jugado como louco por Bacamarte, logo começa uma inquietação por parte dos moradores da cidade e, assim, inicia-se a chamada Revolta dos Canjicas, liderada pelo barbeiro da cidade, cujo apelido era Canjica. Entretanto, o médico a princípio se mantém indiferente aos protestos a frente da Casa Verde. Porfírio, cidadão que cobiçava cargos políticos, resolve chamar Bacamarte para uma conversa, o que acaba em um acordo bom para ambos.
O tempo passa e as internações só aumentam. Bacamarte chega a ponto de internar sua esposa, Evarista, com a intenção de afastá-la. Novos internados chegam a casa, o político Galvão, entre outros cidadãos de bem da cidade. Mais da metade da cidade encontra-se internada, o desespero toma conta daquela sociedade.
João Pina, outro babeiro da cidade, consegue o afastamento de Canjica da Revolta e assim, toda luta para destruir a Casa Verde, parece ser em vão. Porém, com o passar do tempo, o próprio Bacamarte percebe que existem erros em sua teoria e liberta todos os internados. Sua conturbada mente agora aponta a loucura ao próprio Simão Bacamarte, que passa a viver trancafiado na Casa Verde e lá morre após 17 meses
Despre autor
Machado de Assis nasceu em 21 de junho de 1839, com o nome de batismo – Joaquim Maria Machado de Assis, filho do brasileiro Francisco José de Assis, filho de pai e mãe escravos alforriados e da portuguesa Maria Leopoldina Machado de Assis, moradores do morro do Livramento na Cidade do Rio Janeiro. Sua família era muito pobre, o pai era pintor e a mãe lavadeira. Machado estudou muito pouco em escola pública e nunca frequentou uma universidade. Apesar de viver em condições muito simples, era um menino alegre que adorava colher flores para presentear sua mãe.
O menino Machado teve uma infância pobre, mas pôde conviver por um bom período passeando na casa rica da sua madrinha. Ficou órfão da mãe ainda criança, a vida lhe tirara muito cedo aquela que o beijava todas as noites antes de dormir. Sua mãe faleceu em 1849, quando ainda tinha apenas nove anos.
Em 1854, seu pai, Francisco José casa-se com Maria Inês da Silva. Em sua madrasta encontra grande afeição e através dela, sua primeira mestra, desvenda o conhecimento da língua nacional, seguindo por vezes sozinho no caminho do aprendizado. Em 1864 seu pai também falece e Machado de Assis fica órfão de pai e mãe, e desse modo, passa a ser criado pela madrasta. Segundo a história, Maria Inês começou a fazer quitutes para Machado vender nas ruas do bairro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, como forma de sobrevivência para eles.
Machado de Assis é um dos maiores escritores e representantes da literatura brasileira. Foi o responsável por inaugurar o Realismo, que teve como marco inicial a obra ‘Memórias Póstumas de Brás Cubas’, publicada em 1881. O autor deixou diversas e grandiosas obras. Foi contista, cronista, jornalista, poeta e teatrólogo. Também foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e ficou por mais de dez anos na presidência da instituição, também foi o fundador da cadeira 23.