O ciborgue nos força a pensar não em termos de ‘sujeitos’, de átomos ou de indivíduos, mas em termos de fluxos e intensidades. O mundo não seria constituído, então, de unidades (‘sujeitos’) de onde partiriam as ações sobre outras unidades, mas, inversamente, de correntes e circuitos que encontram aquelas unidades em sua passagem. Integre-se, pois, à corrente. Plugue-se. A uma tomada. Ou a uma máquina. Ou a outro humano. Ou a um ciborgue. Eletrifique-se. O humano se dissolve como unidade. É só eletricidade. Tá ligado?
Despre autor
Tomaz Tadeu
Nasceu em Siderópolis, SC, em data não determinada, mas longínqua. Estudou pra padre, mas foi expulso na sétima série. Nunca se deu bem com a escola, mas, por ironia, fez carreira como teórico da educação e do currículo. Sempre foi do contra, por natureza, vocação e gosto. Atualmente dedica-se à tradução literária. Seu último trabalho é a tradução do romance Mrs Dalloway, de Virginia Woolf, pela Autêntica Editora. Ex-seminarista, ex-católico, ex-marxista, ex-tudo, tem como lema um verso de Jacques Brel: ‘mais avec élégance’. Mora em Porto Alegre, mas não anda de bombacha nem toma chimarrão.