Por qualquer ângulo que se olhe os acontecimentos políticos de 2016 no Brasil, deve-se afirmar, sem qualquer receio, que houve um golpe de Estado. Ao contrário do que sugeria nossa mais recente experiência na área, o golpe de 1964, para que isso ocorra não é necessário o protagonismo da Forças Armadas. O golpe é de Estado porque uma fração dele mostra-se capaz de usar os mecanismos de poder à disposição e seus apoiadores na sociedade civil para contrariar a vontade popular. Por isso este livro é fundamental para entender o processo, para podermos resistir a ele. Os golpes não acabam na tomada de poder. Quanto mais duram, mais destroem o futuro.
Содержание
Introdução: Sobre crises e golpes ou uma explicação para Alice Adriano de Freixo e Thiago Rodrigues Restauração neoliberal e dissolução da democracia Tatiana Roque O golpe parlamentar e a agenda que não ganha eleições Christiane Vieira Laidler Repercussões internacionais do Golpe de 2016Thiago Rodrigues e Mariana Kalil Quatro poderes e um golpe Luis Felipe Miguel A mídia e o golpe: uma profecia autocumprida Sylvia Debossan Moretzsohn Sobre os autores
Об авторе
Adriano de Freixo — É Doutor em história Social pela UFRJ e professor do Departamento de Estudos Estratégicos e Relações Internacionais do Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (INEST-UFF), onde coordena o curso de graduação em Relações Internacionais e o Laboratório de Estudos sobre a Política Externa Brasileira — LEPEB, atuando também nos programas de Pós-Graduação em Estudos Estratégicos (PPGEST) e Ciência Política (PPGCP). Publicou, dentre outros, Minha Pátria é a Língua Portuguesas: A Construção da Ideia da Lusofonia em Portugal (Apicuri, 2009), Futebol: o outro lado do Jogo (Desatino, 2014) e Manifestações no Brasil: as Ruas em Disputa (Oficina Raquel, 2016).Christiane Vieira Laidler — É Mestre em História Social (UFF) e Doutora em Ciência Política (IUPERJ). Professora de História Contemporânea da UERJ desde 2002, Também foi chefe do Setor de Pesquisa em Direito e diretora do Centro de Pesquisa da Fundação Casa de Rui Barbosa entre 2007 e 2012. Dentre suas principais publicações estão A Segunda Conferencia da Paz de Haia — 1907 (Fundação Casa de Rui Barbosa, 2010) e o Barão do Rio Branco: Política Externa e Nação(Fundação Casa de Rui Barbosa, 2014).Mariana Kalil — É mestre e doutoranda em Relações Internacionais pelo Instituto de Relações Internacionais (IRe L) da Universidade de Brasília (Un B), membro do Comitê Consultivo do Global South Caucus, seção da International Studies Associattion (ISA) e pesquisadora do Laboratório de Estudos sobre a Política Externa Brasileira — LEPEB/UFF).Sylvia Debossan Moretzsohn — É graduada em Jornalismo pela UFRJ e trabalhou como repórter na década de 1980, no Jornal dos Sports, O Globo, O Estado de S.Paulo (sucursal) e Jprnal do Brasil, e como redatora no Cria, projeto de comunicação radiofônica do Ibase. É professora de Jornalismo na UFF há 23 anos. Mestre em Comunicação (UFF) e doutora em Serviço Social (UFRJ), desenvolve pesquisas sobre ética jornalística, mundo do trabalho dos jornalistas e sobre os vínculos entre jornalismo e cotidianidade, senso comum e a ‘questão social’. Foi colaboradora regular do Observatório da Imprensa (2012 — 2015). É pesquisadora do Obj ETHOS, Observatório da Ética Jornalística (UFSC). Co-organizadora do livro Jornalistas pra quê? Os profissionais diante da ética (Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro, 1989), autora de Jornalismo em ‘tempo real’: o fetiche da velocidade (Revan, 2002), Pensando contra os fatos. Jornalismo e cotidiano: do senso comum ao senso crítico(Revan, 2007) e Repórter no Volante (Publufolha, 2013).Tatiana Roque — É Doutora em Engenharia de Produção (UFRJ) e professora do Instituto de Matemática e da Pós-Graduação em Filosofia da UFRJ. Atualmente preside a ADUFRJ, sindicato docente dessa universidade. Trabalha com filosofia francesa contemporânea e também com história e filosofia da ciência. Foi pesquisadora do Collège International de Philosophie e escreveu o livro História da Matemática: uma visão crítica, desfazendo mitos e lendas (Zahar, 2012), ganhador de um Prêmio Jabuti.Thiago Rodrigues — É doutor em Relações Internacionais pela PUC-SP, com estágio doutoral na Université de la Sorbonne Nouvelle (Paris III). É professor no Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (UFF), atuando na Graduação em Relações Internacionais e nos Programas de Pós-Graduação em Estudos Estratágicos e em Ciência Política. É pesquisador no Nu-Sol/PUC-SP e Coordenador do Laboratório de Estudos sobre a Política Externa Brasileira — LEPEB/UFF. Publicou, dentre outros, Guerra e Política nas Relações Internacionais (EDUC, 2010) e Narcotráfico: uma Guerra na Guerra (Destino, 2012).