‘Ora, o tradutor Tomaz Tadeu alcançou um notável êxito. Seu trabalho é, sem dúvida, superior a todas as outras tentativas em língua portuguesa. Incontestável mesmo é que esse cuidadoso trabalho merece ser saudado e, com justiça, vai se impor nos próximos anos como a tradução padrão da Ética em português.’
Homero Santiago, O Estado de S. Paulo
‘A nova tradução da Ética é um empreendimento editorial louvável. Salta aos olhos um cuidado de tradução que foi capaz de aliar precisão conceitual e recusa em abandonar o solo das potencialidades coloquiais da língua portuguesa. Temos enfim nas livrarias brasileiras uma edição à altura de um dos livros maiores da história da filosofia.’
Vladimir Safatle, Folha de S. Paulo
‘Nova tradução de obra de Espinosa, o filósofo da imanência absoluta, corrige equívocos das versões disponíveis. Para os leitores brasileiros do filósofo, dentro e fora das universidades, o feito é um evento e tanto.’
Mauricio Rocha, O Globo
‘Eis, agora, a terceira [tradução], feita por Tomaz Tadeu com evidente cuidado e minúcia, que se revelam tanto na precisão conceitual como no esforço por verter o original latim para um ‘português brasileiro contemporâneo’, sem sacrificar a terminologia filosófica de Spinoza. De quebra, temos a chance de acompanhar e verificar a tradução no texto em latim que vem ao lado.’
Pedro Duarte de Andrade, Cult
A publicação da Ética, do filósofo holandês Benedictus de Spinoza, em nova tradução, constitui-se em um marco para a Autêntica Editora, que completa, neste ano de 2007, uma década de existência. Ela consolida o nosso projeto de publicar traduções de obras, antigas ou modernas, consideradas clássicas, iniciativa que teve início com O Panóptico, de Jeremy Bentham. A importância que lhe concedemos é assinalada não apenas pela decisão de publicá-la em edição bilígüe, mas também pela especial preocupação com os aspectos gráficos. Dada a constante remissão de Spinoza a passagens anteriores do texto (proposições, definições, axiomas, etc.), buscou-se dar-lhe um formato que facilitasse o movimento de ir e vir da leitura.
É, entretanto, o cuidado com o trabalho de tradução que deve , acima de tudo, ser ressaltado. O princípio normativo foi o da produção de um texto que, sem deixar de ser fiel à expressão de Spinoza, estivesse mais próximo do léxico e da sintaxe da língua presentemente utilizada do Brasil. O que podemos assegurar é que a tradução que ora entregamos aos leitores é o resultado de um trabalho demorado e meticuloso, que se beneficiou da confrontação com traduções para outras línguas, da consulta a comentaristas de variadas orientações filosóficas e dos indispensáveis recursos fornecidos pela informática.
É, pois, com a publicação deste texto clássico do pensamento ocidental, notável por sua atualidade, que a Autêntica Editora reafirma que seu projeto de tornar acessível a um número maior de leitores obras de referência obrigatória em nossa cultura.
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Baruch de Espinosa (Spinoza)
Baruch de Espinosa nasceu em 1632, em Amsterdã, filho de judeus ibéricos que, fugindo da Inquisição, haviam se instalado na cidade. Aos 23 anos, foi excomungado e teve de abandonar a comunidade judaica em que crescera. A partir daí, vive em várias cidades holandesas, trava contatos com grandes expoentes da vida intelectual da época e produz uma das mais importantes obras de toda a história da filosofia. Em vida, Espinosa publicou dois textos: os Princípios da filosofia cartesiana e Pensamentos metafísicos, em 1663, e o Tratado teológico-político, aparecido anonimamente em 1670. No ano de sua morte, 1677, amigos publicaram em latim e holandês as suas Obras póstumas, que incluíam o Tratado da emenda do intelecto, o Compêndio de gramática da língua hebraica, o Tratado político, a maior parte de sua correspondência e, principalmente, a Ética demonstrada segundo a ordem geométrica, sua obra mais importante. Em meados do século XIX, descobriram-se cópias de um trabalho inédito, o Breve tratado de Deus, do homem e do seu bem-estar.