‘Precisamos ter a coragem de começar a dizer que já não necessitamos tanto de agentes competentes-competitivos. Eles saturam as filas dos desempregados de ‘alto nível’ com seus diplomas de MBA debaixo dos braços. Precisamos de pessoas coerentes-cooperativas, capazes de pôr em prática a ideia de que não fomos feitos apenas para produzir bens e serviços em um mundo de ganhos e perdas, entre os custos e benefícios de uma vida injusta, impessoal e excludente. (…) Fomos feitos para criar o mundo humano do primado da pessoa e da vida. Fomos feitos para construir este lugar feliz, pouco a pouco, na vida de cada dia e de maneira irreversível, por nossa conta e em nome do afeto do amor que nos une e da felicidade de todos e sempre, que é o nosso destino humano. (…)
Assim, esse livro de escritos que foram momentos de falas e de diálogos em diferentes cenários e situações foi sendo aos poucos sonhado e escrito como um esforço para se somar (sem números) a outros tantos. Outros sonhos e escritos que bem poderiam ser lidos e debatidos tanto num competente Instituto de Estudos Avançados quanto no seu irmão próximo, o dos humanos e amorosos Estudos Atrasados. E espero que os seus temas possam estar bem situados em um e outro.’ — Papirus Editora
Excertos do Capítulo 1
C.R. Brandão
Содержание
APRESENTAÇÃO
1. APRENDER O AMOR: ALGUMAS PRIMEIRAS PALAVRAS SOBRE ESTE LIVRO
2. O AMOR QUE SE VIVE E APRENDE
3. JOGAR PARA COMPETIR OU JOGAR PARA COMPARTIR? DA COMPETIÇÃO CONTRA O OUTRO À COOPERAÇÃO COM O OUTRO
4. MEU CAMINHO NÃO SOU EU
5. A VIAGEM SEM VOLTA: EXERCÍCIOS PARA PENSAR O MISTÉRIO DO ENCONTRO
6. UM HOMEM CEGO UM DIA EM PORTO ALEGRE: ALGUNS FRAGMENTOS DE IDÉIAS E DE SENTIMENTOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Об авторе
Carlos Rodrigues Brandão é professor, pesquisador de campo em antropologia e escritor. Graduado em Psicologia pela PUC-RJ, é mestre em Antropologia pela Un B e doutor em Ciências Sociais pela USP. Fez pós-doutorado na Universidade de Perúgia (Itália) e na Universidade de Santiago de Compostela (Espanha). Professor livre-docente da Unicamp, lecionou nessa universidade de 1976 a 1997, onde hoje é professor colaborador do Programa de Pós-graduação em Antropologia. Foi militante ativista de movimentos sociais, atuando principalmente em educação popular. Fundou, com o professor Paulo Freire e outros educadores da Unicamp, o Centro de Estudos Educação & Sociedade (Cedes). É comendador da Ordem do Mérito Científico pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, doutor honoris causa pela Universidade Federal de Goiás e professor emérito da Universidade Federal de Uberlândia. Recebeu a medalha Roquette Pinto, pela Associação Brasileira de Antropologia, e a Dom Helder Câmara, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, por serviços sociais prestados ao longo de sua vida. É fellow do St. Edmund's College, da Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Em 2014, completa a publicação de seu 70º livro. Escreve sobretudo nas áreas de antropologia do campesinato, antropologia da religião e do ritual, educação popular e educação ambiental. Dedica-se também à literatura, sendo autor de livros de contos e de poesia tanto para adultos quanto para crianças e jovens.