Antologia poética Cecília Meireles, coletânea publicada pela primeira vez em 1963, um ano antes de sua morte, é a única cujos textos foram escolhidos pela própria poeta. Composta por poemas retirados de diversos livros seus, inclusive alguns textos inéditos – a obra revela, assim, um precioso autorretrato da escritora. Uma obra sobre as pequenas maravilhas da vida até os questionamentos sobre o destino do mundo e da humanidade.
A autora no prefácio comenta: Há muita maneira de fazer-se uma antologia e não se sabe qual seja a melhor. Pode-se usar um critério estético, ou didático, ou outros, conforme o objetivo que se tenha em vista. Para o leitor, a melhor antologia é a que ele mesmo organiza, ao eleger, na obra completa de um escritor, aquilo que mais lhe agrada, embora com o passar do tempo se possa ver como o gosto pessoal varia, e o que nos agrada numa época já não nos agrada igualmente noutra, tão volúveis somos em nossas preferências e tão diferentes as perspectivas, no caminho a nossa evolução.
Об авторе
Cecília Meireles, nossa poeta maior, nasceu no dia 7 de novembro de 1901, no Rio de Janeiro. Não chegou a conhecer o pai, falecido antes de seu nascimento. Aos 3 anos de idade, perdeu a mãe. Órfã, foi criada pela avó materna, Jacinta Garcia Benevides. Casou-se, em 1922, com Fernando Correia Dias, artista plástico com quem teve três filhas. Dias cometeu suicídio em 1935, vítima de depressão. Viúva, Cecília se casou novamente em 1940, desta vez com Heitor Vinícius da Silveira Grilo, professor e engenheiro agrônomo. Faleceu em sua cidade natal, em 9 de novembro de 1964.
A autora foi poeta, ensaísta, cronista, folclorista, tradutora e educadora. Em 1919, publicou o seu primeiro livro de poemas, intitulado Espectros. Em 1934, organizou a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro. Em 1939, foi agraciada com o Prêmio de Poesia Olavo Bilac, concedido pela Academia Brasileira de Letras (ABL), pelo livro Viagem. Dentre tantos prêmios que recebeu, destacam-se o Prêmio de Tradução/Teatro, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) em 1962; o Prêmio Jabuti de Tradução de Obra Literária, concedido pela Câmara Brasileira do Livro pelo livro Poemas de Israel em 1963; o Prêmio Jabuti de Poesia, pelo livro Solombra, em 1964; e, postumamente, o Prêmio Machado de Assis, da ABL, pelo conjunto de sua obra em 1965.
Sua poesia foi traduzida para diversos idiomas, incluindo alguns menos convencionais como híndi e urdu, e musicada por uma variedade de artistas.
A Global Editora publica, com exclusividade, todas as obras de Cecília Meireles.