‘Crepúsculo dos ídolos (ou como se filosofa com o martelo)’, uma das últimas criações de Friedrich Nietzsche antes da loucura, serve de introdução à forma de pensar nietzschiana e é, sobretudo, fruto da seguinte constatação do autor: ‘Há mais ídolos do que realidades no mundo’. A partir disso, o filósofo põe-se a aniquilar tudo aquilo que julga serem ídolos falsos, ocos e decadentes. Fazendo sempre um chamamento do homem ao senso crítico e à tomada de posição, ele balança os pilares da filosofia. Em meio a farpas e aforismos lapidares, nascem algumas das ideias mais radicalmente originais do pensamento moderno.
Об авторе
Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900) nasceu em Röcken, na Saxônia, filho de uma família de pastores protestantes, e estudou Filologia e Teologia nas Universidades de Bonn e Leipzig. Em 1872, escreveu sua primeira grande obra, ‘O nascimento da tragédia’, sobre a qual Wagner disse: ‘Jamais li obra tão bela quanto esta’. O ensaio viria a se tornar um clássico na história da estética. Em 1878, Nietzsche entrou em contato com a obra de Voltaire e escreveu ‘Humano, demasiado humano – Um livro para espíritos livres’. Nesta época, as dores de cabeça e nos olhos que Nietzsche já sentia há algum tempo se tornaram piores. Em 1882, Nietzsche publicou ‘A gaia ciência’ e, em 1883, ‘Assim falou Zaratustra’ (Partes I e II), sua obra-prima. Em 1888, produziu uma enxurrada de obras, entre elas o ‘Ecce homo’ e ‘O Anticristo’. Em janeiro de 1889, sofreu um colapso ao passear pelas ruas de Turim e perdeu definitivamente a razão. Em 25 de agosto de 1900, depois de penar sob o jugo da dor e da irmã, o filósofo falece em Weimar, cidade para a qual a família o levara junto com o arquivo de suas obras e escritos.