Nós nos recusamos firmemente a endossar a condenação da escola. Ao contrário, defendemos sua absolvição. Acreditamos que é exatamente hoje – em uma época em que muitos condenam a escola como desajeitada à realidade moderna e outros até mesmo parecem querer abandoná-la completamente – que o que a escola é e o que ela faz se torna evidente. Também esperamos deixar claro que muitas alegações contra a escola são motivadas por um antigo medo e até mesmo ódio contra uma de suas características radicais, porém essencial: a de que a escola oferece ‘tempo livre’ e transforma o conhecimento e as habilidades em ‘bens comuns’ e, portanto, tem o potencial para dar a todos, independentemente de antecedentes, talento natural ou aptidão, o tempo e o espaço para sair de seu ambiente conhecido, para se superar e renovar (e então mudar, de forma imprevisível) o mundo.
Об авторе
Jan Masschelein
Professor de Filosofia da Educação e diretor do Laboratório para Educação e Sociedade da Universidade de Louvain (Bélgica). As áreas de seu maior interesse são: teoria educacional, teoria crítica e filosofia social. Atualmente, concentra seus estudos no papel público e no significado da educação, bem como no ‘mapear’ e no ‘andar’ como práticas críticas de pesquisa. Está comprometido com arquitetos e artistas no desenvolvimento de práticas de experimentação educacional e é coautor (com Maarten Simons) de Globale Immunität: Eine kleine Kartographie des Europäischen Bildungsraums (Diaphanes, 2005), Jenseits der Exzellenz: Eine kleine Morphologie der Welt-Universität (Diaphanes, 2010) e Em defesa da escola (Autêntica, 2013).
Maarten Simons
Professor de Política e Teoria Educacional no Laboratório para Educação e Sociedade da Universidade de Louvain (Bélgica). Suas principais áreas de interesse são: política educacional, novos mecanismos de poder, novos regimes de governo e de aprendizagem permanente na Europa e no mundo. Sua pesquisa se concentra explicitamente nos desafios colocados para a educação, com o interesse principal de (re)pensar o papel público das escolas e das universidades. É coeditor (com Jan Masschelein) de The Learning
Society from the Perspective of Governmentality (Blackwell, 2007), Rancière, Public Education and the Taming of Democracy (Wiley-Blackwell, 2011) e Re-reading Educational Policies (Sense Publishers, 2009), com Mark Olssen e Michael Peters.