Conjugando seu trabalho de poeta e artista plástica, Leila Danziger apresenta em seu novo livro um diálogo entre palavra e imagem que abre espaço para vários sentidos. Entre a memória e a atualidade, os textos e fotos compõem uma espécie de suíte quase musical, e tratam com sensibilidade tanto dos acontecimentos recentes do país e do planeta quanto da própria (e íntima) experiência emocional de transitar no mundo de hoje, em meio ao medo, ao silêncio e ao isolamento. Partindo das cenas de um Rio de Janeiro vívido – vivido e imaginado, tanto passado como futuro e presente –, ‘Cinelândia’ é uma dessas obras de múltiplas leituras, que a gente revisita muitas vezes para sempre descobrir nela alguma novidade, alguma epifania, como só as obras de arte são capazes de fazer.
Об авторе
Leila Danziger nasceu no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha. É artista plástica e professora associada do Instituto de Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Apresentou a mostra individual Ao sul do futuro, no Museu Lasar Segall, em São Paulo (2018) e Navio de emigrantes, na Caixa Cultural de Brasília (2018) e de São Paulo (2019). É autora de ‘Três ensaios de fala’ (2012), ‘Ano novo’ (2016) e ‘C’est loin Bagdad’ [fotogramas] (Coleção Megamíni, 2018), todos pela 7Letras. Publicou também ‘Diários públicos’ (Contracapa, 2013) e ‘Todos os nomes da melancolia’ (Apicuri, 2012), que reúne ensaios de diversos autores sobre sua produção artística.