Tema privilegiado da historiografia contemporânea, a Semana de 22 voltou ao centro do palco no ano em que se comemoraram os cem anos do movimento. Patuscada ou revolução estética? Um século depois da ruidosa manifestação de jovens intelectuais, realizada no histórico fevereiro de 1922, a questão permanece.
Por que um evento que acarretou um prejuízo considerável a seus organizadores, foi difamado por boa parte da imprensa da época e recebeu mais vaias que aplausos continua despertando tanto interesse? Para responder a essa questão, Marcia Camargos mergulha no universo intelectual da época, analisa um grande número de documentos e consulta vasta bibliografia sobre a Semana.
Mais do que detectar causas e efeitos, ou simplesmente relatar os fatos, a autora procura mostrar o festival modernista sobre diversos ângulos, numa abordagem crítica que revela aspectos pouco visitados pela bibliografia e aponta algumas ambiguidades do movimento e da reflexão que este provocou.
Com um texto leve, Marcia se propõe a desmistificar a Semana de Arte Moderna, jogando novas luzes sobre o movimento que, entre vaias e aplausos, conquistou seu lugar definitivo no panorama cultural da Pauliceia e do país. A nova edição da obra, lançada no contexto do centenário da Semana de 22, conta com um novo prefácio da autora.
Об авторе
Escritora e jornalista com um pós-doutorado em História pela USP, tem 33 livros publicados, entre ensaios, biografias, romances e infantojuvenis, alguns dos quais receberam importantes prêmios literários. Mudou-se para a França em 2016, de onde colabora com a imprensa brasileira. Especialista na Semana de Arte Moderna de 1922, acaba de finalizar um segundo pós-doutorado na Universidade da Sorbonne sobre os modernistas em Paris nos anos 1920. Atua nos coletivos Alerta França Brasil e nos Mulheres na Resistência.