‘A memória é poder estranho. Ela guarda coisas nas suas gavetas, coisas que nem sabemos que existem. Não adianta tentar abrir as gavetas. Elas não abrem. Elas só abrem quando querem. Pois assim aconteceu. Uma gaveta se abriu e dentro dela havia uma maçã vermelha, embrulhada num papel de seda amarelo. Era minha primeira maçã.’
O que transforma o mundo é o jeito que olhamos para ele. Ao contar o jeito que leu uma notícia de jornal, como ouviu uma frase ou como viveu determinada experiência, Rubem Alves nos fala do sabor que sentiu.
Ele traduz seu universo em palavras e, ao ler suas crônicas, uma alquimia acontece dentro da gente: olhamos de outro jeito o que sempre esteve ali ou descobrimos sensações e sentimentos esquecidos (escondidos?) em nós mesmos.
Atreva-se a esta degustação, saboreie esse livro! — Papirus Editora
Содержание
1) A MAÇÃ
2) A MORTE DOS HERÓIS
3) PREFERIRAM MORRER
4) SOBRE A BONIFICAÇÃO
5) CARTA AOS FILHOS DE PAIS VELHOS
6) OS DOIS OLHOS
7) QUERO UM BRINQUEDO!
8) A CAIXA DE BRINQUEDOS
9) ALEGRIA
10) PRAZER
11) AS IDÉIAS LOUCAS…
12) DENTADURAS & CIA.
13) A BARBIE
14) A DECOLAGEM
15) ‘QUE SERIA DE NÓS SEM O SOCORRO DO QUE NÃO EXISTE?’
16) SOLIDÃO PEQUENA, SOLIDÃO GRANDE
17) SOBRE A INTERPRETAÇÃO
18) HORA DE ESQUECER
19) A MELODIA QUE NÃO HAVIA…
20) O BRILHO DA ETERNIDADE NO OLHAR
21) O MAR DE MARIA
Об авторе
RUBEM ALVES — Estudou Teologia e foi pastor até 1963. Tornou-se mestre em Teologia pelo Union Theological Seminary (Nova York, EUA) e doutor em Filosofia pelo Princeton Theological Seminary. Foi professor por muitos anos e, no início da década de 1980, tornou-se psicanalista pela Sociedade Paulista de Psicanálise. Possui mais de 50 obras publicadas em diversos idiomas. Autor de crônicas e de livros infantis e sobre educação, ele guia seus leitores pelas paisagens da beleza e considera seus companheiros de viagem filósofos como Bachelard e Nietzsche, além de poetas como Fernando Pessoa, Adélia Prado e Cecília Meireles. Mineiro, é fácil perceber sua veia de contador de estórias. Mas nota-se também sua vasta cultura, como ele mescla conhecimento com sabedoria e traduz isso numa escrita simples, de frases curtas. O certo é que suas obras nos ajudam a refletir sobre o que realmente importa na vida, a voltar os olhos para o que há de mais humano, para o essencial.