Em 1903, era publicada a autobiografia ‘Memórias de um doente dos nervos’, escrita pelo alto magistrado alemão Daniel Paul Schreber. No livro, ele relatava seu adoecimento mental, que incluía delírios persecutórios. Apresentado à obra por Jung, Sigmund Freud decidiu a partir dela escrever a presente narrativa clínica, em que pela primeira vez o método psicanalítico é aplicado para estudos além da neurose; neste caso, a análise de uma psicose. Fascinado pelo discurso da loucura de Schreber, como se a própria linguagem revelasse o método da insanidade mental, Freud enxergou no relato do doente não apenas a doença, mas também uma busca desesperada por cura. Suscitando polêmica desde sua publicação, ‘O caso Schreber’ é um dos textos fundamentais de Freud.
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Nasceu em Freiberg, na Morávia (hoje República Tcheca). Devido a problemas econômicos, sua família se mudou para a Aústria em 1860. Aos 17 anos, Freud ingressou na Universidade de Viena para estudar medicina. Em 1886, se casou com Martha Bernays e abriu uma clínica especializada em distúrbios nervosos, onde desenvolveu o princípio da psicanálise. No ano de 1900, foi designado professor na mesma universidade. Em 1938, refugiou-se com sua família em Londres, em função da perseguição nazista. Depois de sofrer dezenas de intervenções cirúrgicas devido a um câncer de palato, Freud faleceu, em 1939. Entre suas obras mais conhecidas se encontram ‘A interpretação dos sonhos’ (1900), ‘Totem e tabu’ (1912) e ‘O ego e o id’ (1923).