‘AS RAÍZES DO AMANHÃ PLANTAMOS AGORA’
Uma das marcas deixadas pelo colonialismo é a existência de um presente que dificulta a projeção de futuros para a população negra. Por isso, contar e protagonizar histórias é tão importante para ampliarmos o campo de possibilidades.
Se o real nos impõe, então, tais impedimentos, o exercício de especular, dentro e fora da ficção, é o que nos permite resgatar o passado, questionar o presente e construir futuros. É o que fortalece as raízes do amanhã, que perfuram solo brasileiro e vão fundo em direção ao desconhecido.
No século XXI, nove herdeiros dessa luta se unem às editoras Gutenberg e Plutão Livros para imaginar noções de futuro próximas e longínquas em oito contos afrofuturistas e afro-brasileiros. Com organização do autor e pesquisador Waldson Souza, G. G. Diniz, Kelly Nascimento, Lavínia Rocha, Pétala e Isa Souza, Petê Rissatti, Sérgio Motta e Stefano Volp traçam em suas histórias, ora um respiro — onde o amor, a superação das adversidades e a liberdade são possíveis —, ora um alerta para nos lembrar de que estamos reféns de uma realidade que muitas vezes nos proíbe de sonhar.
Evidenciando noções de futuro próximas ou longínquas, os contos de Raízes do amanhã oferecem respostas diversas sobre o tempo e o espaço da juventude negra, proporcionando um espaço revolucionário de experimentação ficcional.
Содержание
Apresentação — Waldson Souza
Prefácio: As raízes do amanhã plantamos agora — Anne Quiangala
Não tem Wi-Fi no espaço — G. G. Diniz
O show tem que continuar — Lavínia Rocha
Sexta dimensão — Stefano Volp
Jogo fora de casa — Sérgio Motta
Recomeço — Kelly Nascimento
Segunda mão — Petê Rissatti
Tudo o que transporta o ar — Pétala e Isa Souza
Com o tempo em volta do pescoço — Waldson Souza
Об авторе
Waldson Souza é brasiliense, formado em letras e mestre em literatura pela Un B. No mestrado, escreveu dissertação intitulada ‘Afrofuturismo: o futuro ancestral na literatura brasileira contemporânea’. Já publicou nas revistas Quatro Cinco Um, Mafagafo e Afroliterária. É autor de ‘Oceanïc’ (Dame Blanche) e de ‘O homem que não transbordava’ (Plutão Livros).