Em outubro de 1900, Sigmund Freud (1856-1939) recebeu em seu consultório a jovem paciente Ida Bauer, então com dezoito anos. Ida padecia de vários e persistentes sintomas: perda de urina durante a noite, cansaço, dificuldade para respirar, enxaqueca, tosse, afonia e alucinação sensorial. Freud detectou um caso de histeria, e o tratamento durou onze semanas. Logo em seguida, se pôs a escrever este ‘Fragmento de uma análise de histeria’ (ou ‘O caso Dora’, nome com que a paciente é rebatizada), publicado em 1905. Aqui vemos Freud em plena ação terapêutica, buscando aplicação prática para sua teoria psicanalítica.
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Sigmund Freud nasceu em Freiberg, na Morávia (hoje República Tcheca). Devido a problemas econômicos, sua família se mudou para a Aústria em 1860. Aos 17 anos, Freud ingressou na Universidade de Viena para estudar medicina. Em 1886, se casou com Martha Bernays e abriu uma clínica especializada em distúrbios nervosos, onde desenvolveu o princípio da psicanálise. No ano de 1900, foi designado professor na mesma universidade. Em 1938, refugiou-se com sua família em Londres, em função da perseguição nazista. Depois de sofrer dezenas de intervenções cirúrgicas devido a um câncer de palato, Freud faleceu, em 1939. Entre suas obras mais conhecidas se encontram ‘A interpretação dos sonhos’ (1900), ‘Totem e tabu’ (1912) e ‘O ego e o id’ (1923).