Na obra BABBITT, o escritor americano, Sinclair Lewis, com uso de muita ironia, faz um relato da classe média norte-americana nos anos 20, com seus vícios, desejos, ambições e angústias. O personagem central e que dá nome ao livro, George F. Babbitt, é um corretor imobiliário americano que, assim como seus amigos, representa classe média de mentalidade conservadora e convencional numa busca obsessiva pela ascenção social a qualquer preço. O autor teve tamanho sucesso com a sua provocante obra, que a palavra ‘Babbitt’ passou a ser utilizada para representar uma pessoa provinciana, de mente estreita e interessada majoritariamente em negócios, dinheiro e posição social.
Publicado em 1922, Babbitt é um livro atemporal e, além do prazer da leitura, proporciona uma reflexão sobre a vida que ainda levamos. Não é sem razão que Babbitt faz parte da famosa coletânea ‘1001 livros para ler antes de Morrer’ e rendeu a Sinclair Lewis o Prêmio Nobel de Literatura, em 1930.
About the author
SINCLAIR LEWIS foi um escritor e crítico social norte-americano (7/2/1885-10/1/1951), conhecido pelos trabalhos satíricos e documentários. Foi o primeiro de seu país a receber o Prêmio Nobel de Literatura em 1930. Nasce em Sauk Centre, Minnesota. Em 1902 entra para a Universidade de Yale, e, em 1907, para a comunidade Helicon Hall, onde conhece o escritor Upton Sinclair e os filósofos William James e John Dewey.
Em Nova York trabalha como repórter e editor de diversas publicações. Em 1914 estréia com o romance Nosso Mr.Wrenn (1914), que faz sucesso de crítica, mas não de público. Ao mesmo tempo ganha fama pelo trabalho em revistas populares, como The Saturday Evening Post e Cosmopolitan. Lança A Trilha do Falcão (1915) e Rua Principal (1920), considerada uma de suas mais importantes obras de crítica social, que mostra o isolamento de uma moça do Leste que se casa com um médico e vai morar numa retrógrada cidade do interior.
Dois anos depois escreve Babbitt, história de um empresário de meia-idade submetido ao espírito conformista de seu meio. O nome do personagem principal virou sinônimo de provincianismo e conservadorismo. Outros livros de sucesso de Lewis são Doutor Arrowsmith (1925), uma sátira à medicina, Elmer Gantry (1927), crítica ao fanatismo religioso e à hipocrisia, e Folhas de Outono (1929), que narra os contrastes de valores entre a América e a Europa por intermédio das experiências de um homem de negócios e de sua esposa durante sua primeira viagem ao Velho Mundo.
Depois do Prêmio Nobel, sua produção perde em importância. Desse período destacam-se Ann Vickers (1933), Obra de Arte (1934), It Can't Happen Here (Não Pode Acontecer Aqui, 1935), Pais Pródigos (1938), Cass Timberlane (1945), O Nobre Senhor Kingsblood (1947), À Procura de Deus (1949) e Mundo Tão Vasto (1951). Após dois divórcios, torna-se alcoólatra. Morre próximo a Roma.