Esta antologia reúne diversas poesias escritas pelo poeta romeno, mundialmente reconhecido, Dinu Flămând.
Traduzida para o português (Portugal), trata-se de uma obra de grande envergadura, um lançamento inédito.
’Dinu é uma das vozes mais fortes deste século.’ Marco Lucchesi
Om författaren
Dinu Flămând nasceu na Romênia a 24 de Junho 1947, em Susenii Bargaului, aldeia no Norte da Transilvânia. Começou os seus estudos na aldeia natal, a seguir em Brasov, e licenciou-se em letras em 1970, na Faculdade de Filologia de Cluj-Napoca. Participa nos anos de estudante na criação da revista Equinox em torno da qual se agrupará durante várias décadas um dos mais importantes movimentos literários da Roménia, marcado desde o início pelo espírito antidogmático e pela abertura a valores humanistas universais. Colocado em Bucareste, trabalha para diversas editoras e revistas literárias, entre as quais a Editora Enciclopédica, Amfiteatru e Secolul 20. Publica nessa época poesia, ensaio, reportagens e artigos de crítica literária mas, à medida que o clima político e cultural tende a se tornar-se cada vez mais sufocante e o controlo da censura a esmagar qualquer manifestação de originalidade ou independência, orienta-se cada vez mais para traduções de grandes poetas como Fernando Pessoa, César Vallejo, Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, Umberto Saba, Samuel Beckett, Pablo Neruda, Martin Booth, Herberto Helder, Miguel Torga, Sophia de Mello, Michel Deguy e outros – alguns deles incluídos numa antologia de poesia latino-americana, publicada nos anos 80 em colaboração com o poeta chileno Omar Lara. Lança-se em 1971, com o volume de versos Apeiron, seguido de Poezii (Poemas, 1974) e Altoiuri (Enxertos, 1976). Com Stare de asediu (Estado de sitio, 1983) o tom da sua poesia torna-se mais polémico e a crítica ao regime repressivo mais transparente, de onde resulta que a censura impõe numerosos cortes, deformações ou mesmo supressões nos seus textos. Continua presente através de comentários literários, e publica dois livros de crítica: Introdução à obra de G.Bacovia (1981), um dos maiores simbolistas romenos, mais tarde comparado a Pessanha, num artigo publicado em Portugal pela revista Nova Renascença, vol. IX, 1989, e A intimidade do texto, em 1985.Obtém em 1985 uma bolsa da Fundação Gulbenkian, e começa a tradução sistemática da obra de Fernando Pessoa, que só será publicada após a queda do regime comunista na Romênia. Um segundo convite a Portugal dá-lhe a possibilidade de no caminho do regresso ficar em Paris, onde em março de 1989 lhe é concedido asilo político, e denuncia na imprensa francesa o regime opressivo do seu país. Após colaboração com os postos de rádio Free Europe e BBC, foi jornalista em Paris, na Rádio France Internationale, por vinte anos até 2010.
Seus livros são traduzidos e publicados em França, Portugal, Espanha, Itália, México, Israel, Macedônia do Norte, Grécia, Honduras, Colômbia. O autor é convidado a prestigiados encontros internacionais de poesia.