A obra registra a história do Projeto Rappers criado pelo Geledés – Instituto da Mulher Negra para apoiar os jovens hip hoppers da periferia de São Paulo nos anos 1990, iniciativa que completa agora trinta anos, e as trajetórias de algumas das pessoas que tiveram suas vidas mudadas pelo projeto, que funcionou como uma incubadora, acolhendo os jovens rappers que despontavam nas periferias com shows muito concorridos, mas vigiados e ameaçados pela polícia.
O Geledés cria então uma rede de proteção oferecendo carteira de trabalho (um dos padrões da abordagem policial ainda é deter jovens sem carteira por ‘vagabundagem’), assistência jurídica para lidar com as forças de segurança e autoridades públicas e viabilizar a realização dos shows; e ainda seminários para debater estes e muitos outros assuntos e promover a integração dos jovens. Cria-se ainda a primeira revista dedicada ao Hip Hop, a Pode Crê!
O resultado foi fazer florescer um movimento cultural, o Hip Hop, empoderador das periferias e altamente influente na sociedade, além uma talentosa geração de artistas, produtores, professores, profissionais liberais e executivos constituindo famílias bem estruturadas e levantando bandeiras da luta antirracista e do feminismo.
สารบัญ
Prefácio (Sueli Carneiro)
Introdução
I. Contexto: centro da cidade de São Paulo como espaço de sociabilidade da juventude negra e o Hip Hop no Brasil
Projeto Rappers: história e dinâmica de uma experiência
O encontro entre o feminismo negro e o Hip Hop
II. O Projeto Rappers
II.I A revista Pode Crê!
IV. Femini Rappers: do feminismo negro ao Hip Hop feminista
V. Pedagogias da geração Hip Hop: O percurso formativo do Projeto Rappers
VI. Considerações finais: o legado do Projeto Rappers
VII. Trajetórias do Projeto Rappers em primeira pessoa
VIII. Galeria de fotos
IX. Bibliografia
เกี่ยวกับผู้แต่ง
CLODOALDO ARRUDA
É filósofo, rapper do grupo Resumo do Jazz e produtor musical. Envolvido na cultura Hip Hop desde 1988 e militante do feminismo negro desde 1992. Atualmente, está tocando um projeto de multimídia chamado Arruda Crônico, que abrange Hip Hop, política, cultura, filosofia e comportamento, tudo isso nas redes sociais. Fez parte do Projeto Rappers desde o início até o seu encerramento.
MC SHARYLAINE
Rapper, compositora, cantora, arte-educadora, produtora cultural. Começou em 1985, ao conhecer a gangue de breaking Nação Zulu. Em 1986, fundou, junto com a City Lee, o ‘Rap Girls’, entrando no mundo da cultura Hip Hop para não sair mais.
JAQUELINE LIMA SANTOS
Doutora em Antropologia Social pela Unicamp e Harvard Alumni Fellow. Atua com os temas de equidade, raça, gênero, diversidade, educação, infância e juventude, história e cultura afro-brasileira e africana, cultura hip-hop e Palop (Países Africanos de Língua O. cial Portuguesa). Coordena com Daniela
Vieira a coleção Hip-Hop em Perspectiva e a linha de pesquisa Hip-Hop em Trânsito do Cemi-Unicamp.