Uma das maiores preocupações do novo século está na exploração dos recursos ambientais. Se por um lado há consenso quanto à necessidade urgente de preservação destes recursos, por outro há um número cada vez maior de conflitos sociais relacionados aos modos de exploração e preservação dos mesmos recursos. O Brasil tem apresentado, especialmente nas últimas décadas, vários exemplos destes conflitos, que transcendem as questões de direito de uso e propriedade e têm como base questões sociais profundas.
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Henri Acselrad é doutor em Economia pela Universidade de Paris I, professor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e organizador do livro ‘Meio Ambiente e Democracia’. Ele escreveu um texto no site da Rede Brasileira de Justiça Ambiental, fundada em setembro de 2001 por representantes de movimentos sociais, ONGs, sindicatos e pesquisadores, no qual conta que o Movimento de Justiça Ambiental começou nos EUA nos anos 80, ‘fruto de uma articulação criativa entre lutas de caráter social, territorial, ambiental e de direitos civis’.