A partir do entrecruzamento de diversas áreas de conhecimento, este livro é uma articulação de forças para pensar o exercício da liberdade, no presente e na história. Nas palavras de Jorge Vasconcellos, professor da UFF e teórico ativista do Coletivo 28 de Maio, este ‘é, a um só tempo, um livro e uma arma, uma crítica contundente ao capitalismo neo-liberal necropolítico e uma clínica social libertária às axiomáticas constituídas por esse sistema da crise permanente.’
Nos textos aqui reunidos, o leitor encontrará uma multiplicidade de análises sobre a anarquia e os anarquismos. Os debates promovidos nesta obra contribuem para a ampliação das discussões sobre cultura libertária e do conhecimento das histórias de vidas dedicadas a ela. Aqui, você encontrará uma multiplicidade de análises sobre a anarquia a os anarquismos, em textos de diferentes autores e abordagens. Longe de esgotar a abrangência e importância do tema, ao longo dos 21 capítulos, somos convidados a pensar as possibilidades de vida livre no presente. São ‘questões que mobilizam, em uma perspectiva libertária, à Política, aos modos de vida, aos processos de subjetivação, às práticas de liberdade em nossa Atualidade, [e] constituem-se, como dissemos, de um duplo modo: como livro e arma, como crítica e clínica…’ (J.V.)
สารบัญ
Sumário
Apresentação ….. 9
Cultura Libertária
1- Dos equívocos existentes entre Anarquia e os Anarquismos ….. 21
José Maria Carvalho Ferreira
2- As lutas anarquistas no presente como experiências: contra as utopias ….. 45
Acácio Augusto
3- Anarquismo da vida cotidiana e subjetividades libertárias ….. 65
João da Mata
4- Anarquismo e Falência da Representação …… 81
Camila Jourdan
5- Anarquismo, Educação e Autoformação ….. 95
Sílvio Gallo
6- Educação libertária: desafios e caminhos de esperança ….. 107
Ana Paula Massadar Morel e Rodrigo de Almeida Ferreira
7- Zonas libertárias: corpo e espaço sob a aura da resistência ….. 137
André Bocchetti
8- Sob o signo da guerra: Proudhon e as relações internacionais ….. 151
Thiago Rodrigues
9- Decrescimento e Anarquia: Articulações do decrescimento abrupto e da reinvenção do anarquismo ….. 187
Jorge Leandro Rosa
10- Para a história de uma revista anarquista em Portugal (1974-2020) ….. 197
António Cândido Franco
11- A liberdade de ser livre: poesia e anarquia ….. 211
Manuela Parreira da Silva
Narrativas Biográficas e Anarquia
12- A prática da liberdade em discurso direto: a voz de anarquistas e libertários de todo o mundo na revista Utopia ….. 239
Isabel Castro
13- António Pinto Quartin (1887-1970): ideário e vida ….. 271
Paulo Eduardo Guimarães
14- Preâmbulo de e entrevista a João Freire: pensador e organizador do anarquismo em Portugal ….. 295
José Maria Carvalho Ferreira
15- Roberto Freire, um amante anarquista ….. 309
Gustavo Ferreira Simões
16- Edgar Rodrigues, memorialista do Anarquismo ….. 319
Carlos Augusto Addor
17- Há ordem oculta – contextos empoderadores ….. 343
Isabel Rufino
18- Sobre heterotopias: reflexão sobre os espaços libertários em Belo Horizonte (uma homenagem a Brian) ….. 361
Lucas Carvalho Soares de Aguiar Pereira
19- Trajetória intelectual do anarquista Jaime Cubero (1927-1998) ….. 375
Rogério Humberto Zeferino Nascimento
20- História de vida e memórias das práticas de liberdade: uma puta mulher ….. 397
Amanda Calabria e Juniele Rabêlo de Almeida
21- Experimentações de vida universitária e mulheres libertárias ….. 411
Lúcia Soares da Silva
Posfácio ….. 419
José Maria Carvalho Ferreira
Sobre os autores ….. 425
เกี่ยวกับผู้แต่ง
JOSÉ MARIA CARVALHO FERREIRA é Professor Catedrático aposentado do ISEG – Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa, desde Janeiro de 2011. Professor Catedrático, Secção de Sociologia do Departamento de Ciências Sociais do ISEG – Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa, de Janeiro de 1994 a Dezembro de 2010.
Presidente do SOCIUS – Centro de Investigação em Sociologia Económica e das Organizações do ISEG-Ulisboa, de Maio de 1991 (com exceção de 2004-2006) a Novembro de 2012.
JOÃO DA MATA é Pesquisador e somaterapeuta. Doutor em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFF – Universidade Federal Fluminense (2014), com investigação voltada ao atravessamento entre Psicologia, Corpo e Política Libertária. Doutor em Sociologia Econômica e das Organizações pelo ISEG – Instituto Superior de Economia e Gestão / UL – Universidade de Lisboa/Portugal, com investigação voltada ao atravessamento das Dinâmicas de Grupo e a Autogestão (2013). Mestre em Filosofia pela UGF – Universidade Gama Filho (2007), com a Dissertação ‘O Materialismo Hedonista de Michel Onfray’; Psicólogo (CRP 29962/05) e Somaterapeuta há cerca de 25 anos. Desenvolveu pesquisa de Pós-Doutoramento no Dep. de História/UFF sobre a interface entre corpo-história e resistências libertárias. Tem experiência na área de Psicologia, Dinâmicas de Grupo e Autogestão com ênfase em Somaterapia, atuando principalmente nos seguintes temas: Wilhelm Reich, Anarquismo, Corpo, Política e Práticas de Liberdade. Pesquisador e difusor da Somaterapia no Brasil e na Europa.
JUNIELE RABÊLO DE ALMEIDA é Professora do Instituto de História da Universidade Federal Fluminense (UFF). Professora do Programa de Pós-Graduação em História (PPGH-UFF). Doutora em História Social (USP) e mestre em História (UFMG). Pós-doutorado em 2011 (UFMG) e Professora Visitante Pós-Doc a partir de jan. 2020 (University of California, UC Berkeley; UFRGS). Pesquisadora e integrante da coordenação do ‘Laboratório de História Oral e Imagem’ (LABHOI / UFF). Professora de História do Brasil Contemporâneo atuando na interface: história oral; história pública; trajetórias de vida; história do tempo presente e ensino de história. Ênfase nos seguintes temas: repertório da ação coletiva; culturas políticas; memória e narrativa autobiográfica; debates públicos; corpo-educação. Coordenação das atividades do Programa de Iniciação à Docência em História (PIBID, 2014-2018) e do Programa Residência Pedagógica em História (PIRP, 2018-2019). Integra as comissões administrativas/científicas da Rede Brasileira de História Pública – RBHP e da Associação Brasileira de História Oral – ABHO.