Cento e vinte dias, seiscentas paixões. Quatro meses de libertinagem, quatro classes de vícios.
A cada dia, cinco modalidades, somando cento e cinquenta por mês. Para dar conta dessas cifras, uma comitiva formada por quarenta e seis pessoas, distribuídas em oito categorias distintas, das quais sete pertencem à classe dos súditos.
Oito meninos, oito meninas e oito fodedores. Quatro criadas e seis cozinheiras. Quatro esposas. Quatro narradoras. Por fim, na classe dos senhores, os quatro libertinos que sempre merecem designação individualizada: Curval, Durcet, Blangis e o Bispo.
A esses números — que apresentam ao leitor ‘a narrativa mais impura já escrita desde que o mundo existe’ —, somam-se outros tantos que servem invariavelmente para precisar, com a maior exatidão possível, as atividades levadas a termo no castelo de Silling. (…)
Vale lembrar que, assim como o sexo, os números são inequívocas fontesde prazer no mundo do deboche.
Eliane Robert Moraes, do prefácio desta edição
สารบัญ
Sumário
Inventário do abismo
Introdução, 15
Primeira parte
PRIMEIRO DIA, 71
SEGUNDO DIA, 87
TERCEIRO DIA, 101
QUARTO DIA, 109
QUINTO DIA, 116
SEXTO DIA, 125
SÉTIMO DIA, 134
OITAVO DIA, 140
NONO DIA, 150
DÉCIMO DIA, 154
DÉCIMO PRIMEIRO DIA, 162
DÉCIMO SEGUNDO DIA, 166
DÉCIMO TERCEIRO DIA, 177
DÉCIMO QUARTO DIA, 184
DÉCIMO QUINTO DIA, 189
DÉCIMO SEXTO DIA, 198
DÉCIMO SÉTIMO DIA, 206
DÉCIMO OITAVO DIA, 214
DÉCIMO NONO DIA, 218
VIGÉSIMO DIA, 222
VIGÉSIMO PRIMEIRO DIA, 227
VIGÉSIMO SEGUNDO DIA, 237
VIGÉSIMO TERCEIRO DIA, 239
VIGÉSIMO QUARTO DIA, 246
VIGÉSIMO QUINTO DIA, 254
VIGÉSIMO SEXTO DIA, 260
VIGÉSIMO SÉTIMO DIA, 267
VIGÉSIMO OITAVO DIA, 275
VIGÉSIMO NONO DIA, 281
TRIGÉSIMO DIA, 292
Segunda parte
(Plano), 300
Terceira parte, 316
Quarta parte, 334
เกี่ยวกับผู้แต่ง
Donatien Alphonse François, o marquês de Sade (1740-1814), foi certamente um dos autores da literatura universal que mais sondaram os limites do homem, trazendo à luz (em pleno iluminismo) aquilo que a cultura sempre tentou ocultar: a violência do erotismo em suas mais variadas formas de transgressão. A tônica de seus principais romances, escritos ao longo de quase trinta anos em onze diferentes prisões sob três regimes distintos, é a da libertação do indivíduo mediante a corrupção dos costumes. Relegado ao esquecimento por muito tempo (somente o século XX o restituiu à luz e o consagrou), o perseguido autor de Justine e tantos outros livros escandalosos, ‘o espírito mais livre que jamais existiu’, nas palavras de Apollinaire, é hoje considerado um clássico, ao lado de Racine ou de Shakespeare um dos maiores escritores de sua época.
A coleção Pérolas Furiosas reúne pela primeira vez em língua portuguesa as principais obras desse transgressor do espírito, que via na literatura uma possibilidade de criar um mundo às avessas, onde tudo é levado às últimas consequências. Sade nos faz ver o impossível nas entrelinhas dessa realidade absurda na qual, paradoxalmente, nega-se a vida e os homens para melhor afirmá-los, vale dizer, para glorificá-los.