Romance de terror gótico com inspirações do movimento romântico, de autoria de Mary Shelley, escritora inglesa e esposa do poeta e ensaísta Percy Bysshe Shelley, relata a história de Victor Frankenstein, um estudante de ciências naturais que busca recriar um ser vivo, uma criatura, através do uso da ciência em seu laboratório.
Mary Shelley escreveu ‘FRANKENSTEIN: O MODERNO PROMETEU’ quando tinha apenas 19 anos. A obra foi elaborada após o encontro do casal Shelley com Lorde Byron (1788-1824), em sua mansão às margens do lago Genebra, encontro este que produziu uma série de textos, poemas e romances de autoria de Byron, John Polidori (1795-1821), Percy e Mary Shelley, conforme relatado no ‘Prefácio’ da edição de 1831. A obra foi publicada em 1818, sem o devido crédito para a autora em sua primeira edição, mas com um prefácio escrito por seu marido, Percy Bysshe Shelley e é esta primeira versão publicada, mais densa e completa, que a Editora Landmark lança nesta inédita edição.
O romance obteve grande sucesso e gerou todo um novo gênero, tendo grande influência na literatura e na cultura popular ocidental. ‘FRANKENSTEIN: O MODERNO PROMETEU’ aborda diversos temas ao longo de sua narrativa, sendo a mais gritante a relação entre a criatura e o seu criador, com óbvias implicações religiosas. Uma influência notável na obra é o poema épico ‘O Paraíso Perdido’, de John Milton. A influência torna-se explícita tanto através da epígrafe que cita três versos do poema, quanto aparecendo diretamente no desenrolar da trama, sendo um dos livros que a criatura lê.
Preconceito, ingratidão e injustiça também estão presentes. A criatura é sempre julgada por sua aparência, e agredida antes de ter a oportunidade de se defender. Por fim, a inevitabilidade do destino, tema muito desenvolvido na literatura clássica, é constantemente aludida ao longo da obra que se presta a múltiplas interpretações e leituras.
เกี่ยวกับผู้แต่ง
Mary Wollstonecraft Shelley (1797-1851), mais conhecida por MARY SHELLEY, escritora britânica, casa-se com o poeta Percy Shelley, expoente do Romantismo ao lado de Byron. Sua obra mais famosa é ‘FRANKENSTEIN, OU MODERNO PROMETEU’, escrita entre 1816 e 1817. O romance obteve grande sucesso e gerou um novo gênero de horror, tendo grande influência na literatura e cultura popular ocidental. Após o casamento de Mary com Percy, o casal se mudou para a Itália, onde Mary viria a perder seus dois filhos, além do marido em trágico acidente de barco, em 1822, lançando-a num período de recolhimento. Mary organiza a vasta produção poética do marido e ainda encontrou tempo para produzir outras obras, contudo sem a mesma qualidade de ‘Frankenstein’. Sua produção literária esteve por muitas décadas, ofuscada pela relevância da obra poética de seu marido, fato que a crítica especializada tem revisto, vislumbrando-se características que acabaram por influenciar toda uma geração de escritores. Em 1826, Mary produz o que a crítica considera sua melhor obra ‘O Último Homem’, pioneira da ficção-científica que influenciou toda uma geração de escritores deste gênero na Inglaterra.