Michel de Oliveira estreia na Poesia com a mesma força de dizer e mostrar com que tem estabelecido sua assinatura na narrativa de ficção e na fotografia brasileira. Em o amor são tontas coisas, o poema é também um objeto visual com o qual o poeta compõe o espaço e desdobra a palavra, numa estética concreta contemporânea, com humor e profundidade. Seus temas atravessam o corpo, o desejo e tudo aquilo que dele transborda, afinal o amor é líquido e pede o gole, o porre, o mergulho sensorial completo, como nos versos do poema ‘Bauman não sabe do amor’:
A ebulição do sangue
faz a carne sólida
eu deságuo
você me bebe
Amor só cresce
em solução aquosa
(…)
Convém que se leia com sede.
Juliana Blasina
เกี่ยวกับผู้แต่ง
Michel de Oliveira [Tobias Barreto – SE | 1988] é escritor, fotógrafo, artista visual, jornalista e doutor em Comunicação e Informação pela UFRGS. Autor de O sagrado coração do homem (Moinhos, 2018 – finalista do Prêmio Açorianos) e de Cólicas, câimbras e outras dores (Oito e Meio, 2017 – finalista do Prêmio Sesc e da Maratona Carreira Literária); participou das antologias Como tudo começou: a história e 35 histórias dos 35 anos da Oficina de Criação Literária da PUCRS (edi PUCRS, 2020) e Qualquer ontem (Bestiário, 2019).