Andar, escrever e se comunicar só através da força do pensamento. Aquilo que era encarado como ficção científica, no século XXI está se tornando uma realidade.
Um dos principais exponentes do estudo e da realização dessa interface cérebro-máquina é o neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis. Eleito por revistas como a Scientific American e a Foreign Policy como um dos mais importantes cientistas e pensadores do mundo, ele está conseguindo fazer com que paraplégicos voltem a andar e consigam chutar uma bola através da força do pensamento. A base de seu estudo está descrito no best-seller Muito além do nosso eu – A nova neurociência que une cérebro e máquinas, e como ela pode mudar nossas vidas.
Considerado o melhor livro de ciências em 2008, quando foi originalmente publicado, ganha uma nova e atualizada edição. Nele, Nicolelis explica como o cérebro cria o pensamento e explica porque aposta que o culto ao corpo será substituído pelo culto ao cérebro. Recheado de gráficos e fotos, o livro aponta para os avanços nas pesquisas em neurociências que estão revolucionando o mundo. E que irão mudar para melhor o modo como vivemos. ‘Sentado na varanda de sua casa de praia, você um dia poderá conversar com uma multidão, fisicamente localizada em qualquer parte do planeta, por meio de uma nova versão da internet (a 'brainet'), sem a necessidade de digitar ou pronunciar uma única palavra. Nenhuma contração muscular envolvida. Somente através do seu pensamento’, diz ele.
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Miguel Nicolelis é um dos neurocientistas mais respeitados no mundo. Fundou e é diretor do Centro de Neuroengenharia da Duke University, nos Estados Unidos, e do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra. Suas pesquisas sobre a interface cérebro-máquina ganham capas de revistas científicas. Usando essa tecnologia, o paraplégico brasileiro Juliano Pinto executou o chute de abertura na Copa do Mundo do Brasil. Pela Editora Planeta, lançou em 2015 Made in Macaíba – a história da criação de uma utopia científico-social no ex-império dos tapuias.