Não faz muito tempo, diferentes espécies humanas coabitavam a Terra e compartilhavam técnicas e genes. Depois, populações sapianas mais recentes (nossa espécie) saíram da África e partiram a pé e de barco para conquistar o mundo, até a Austrália e as Américas, antes de eliminar os neandertais da Europa e os denisovanos da Ásia. Tal é a esplêndida aventura contada por este ensaio. Mas será que essa espantosa capacidade adaptativa do ser humano beneficiará nossa sobrevivência em um mundo urbanizado, hiperconectado, poluído, ameaçado por pandemias e com ecossistemas devastados? Conseguiremos lidar com as consequências da nossa espetacular adaptação na Terra?
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PASCAL PICQ é paleoantropólogo e professor do Collège de France. Introduziu a etologia (estudo do comportamento) no campo da antropologia evolutiva e desenvolve seu trabalho sobre a evolução no curso de Humanidades. Sua principal linha de pesquisa – a morfologia evolutiva – trata da evolução do crânio dos hominídeos e da etologia dos primatas e dos grandes primatas em contraste com as origens da linhagem humana e com as teorias modernas da evolução. É consultor dos principais museus científicos da França e promotor da medicina evolutiva. Publicou vários livros de divulgação, incluindo ‘Darwin e a evolução explicada aos nossos netos’ (Unesp, 2015) e ‘Le monde a-t-il été créé en sept jours?’ (2021).