Pitoresco diário de viagem do célebre autor escocês pelo interior da França, com posfácio do escritor francês Gilles Lapouge
Viagem com um burro pelas Cevenas foi o segundo livro escrito por Robert Louis Stevenson (1850-1894) – autor que se tornaria conhecido por obras infantojuvenis como A ilha do tesouro e O médico e o monstro. Trata-se de um pitoresco diário narrando a travessia feita pelo autor escocês – acompanhado de uma jumenta, a quem chama de Modestine – pela cadeia montanhosa das Cevenas, no sul da França.
A aventura durou doze dias, de 22 de setembro, quando Stevenson partiu do vilarejo de Le Monastier, com a burrica e um saco de dormir, a 3 de outubro de 1878, quando ele chega a seu destino final, a cidade de Alais. Com fina ironia, o autor relata essa trajetória ritmada sobretudo pelo humor da teimosa Modestine, que ora empaca, ora decide sozinha a trilha a seguir. Cruza vilarejos carregados de história, cenários de batalhas das guerras protestantes do início do século XVIII, dorme em albergues, ou até numa abadia, mas sente que tem a ‘mais hospitaleira das recepções’ quando passa a noite sob as estrelas, no que chama de ‘estalagem verde’.
O livro traz um posfácio assinado pelo francês Gilles Lapouge, que faz uma leitura do relato do Stevenson a partir dos de outros escritores viajantes. E analisa a figura do burro, representada por Modestine, que, para ele, é a verdadeira autora da viagem e do relato.
เกี่ยวกับผู้แต่ง
Gilles Lapouge (1923-2020), jornalista e escritor francês viveu no Brasil no início da década de 1950. Foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo na França desde 1957 e até sua morte, por covid, em 2020. Romancista agraciado pela Academia Francesa com o Grande Prêmio de Literatura Paul Morand pelo conjunto de sua obra, em 2014, é autor de dezenas de livros, entre eles Équinoxiales (1977), Le bois des amoureux (2006), Dicionário dos apaixonados pelo Brasil (2011, lançado no Brasil em 2014) e L’âne et l’abeille (2014).