O processo é simples. Juntam-se letras e formam-se palavras. Juntam-se palavras e formam-se frases. Mas, às vezes, essa coisa que parece brincadeira de criança, uma coisa tão singular, tem efeitos plurais. O texto me transporta, a palavra dele me causa arrepios, a frase que ela disse há anos ainda retumba nos meus ouvidos.
Como é isso? Que magia é essa? Como pode ser que as palavras, tão efêmeras, sem ‘sustância’, provoquem tantas reações em toda gente?
Esse livro convida você a penetrar nesse universo de beleza, mas também perverso e de poder. Como diz Brandão, ‘ao contrário do que se pensa, as palavras ditas se eternizam. Exatamente pela sua absoluta fragilidade’. Mas Rubem Alves nos lembra também de que ‘quando falamos, estamos nos transformando em verbo para que uma outra pessoa possa se apropriar de nós’.
Trapaceie com a palavra, mas cuidado para não se deixar trapacear. O mundo, encantado pela palavra, fala da gente e de nossas gentes. Se cada língua tem um jeito único de se falar, é na palavra que nos fazemos humanos, com identidade, cheiro, cor e tantos outros traços. Experimente, saboreie Encantar o mundo pela palavra. – Papirus 7 Mares
สารบัญ
Apresentação
Quando a poesia acontece
Das palavras que transformam
O sopro divino
Sobre o poder, envelhecer e saborear a vida
A semeadura
Ao reencontro da gratuidade
เกี่ยวกับผู้แต่ง
RUBEM ALVES – Estudou Teologia e foi pastor até 1963. Tornou-se mestre em Teologia pelo Union Theological Seminary (Nova York, EUA) e doutor em Filosofia pelo Princeton Theological Seminary. Foi professor por muitos anos e, no início da década de 1980, tornou-se psicanalista pela Sociedade Paulista de Psicanálise. Possui mais de 50 obras publicadas em diversos idiomas. Autor de crônicas e de livros infantis e sobre educação, ele guia seus leitores pelas paisagens da beleza e considera seus companheiros de viagem filósofos como Bachelard e Nietzsche, além de poetas como Fernando Pessoa, Adélia Prado e Cecília Meireles. Mineiro, é fácil perceber sua veia de contador de estórias. Mas nota-se também sua vasta cultura, como ele mescla conhecimento com sabedoria e traduz isso numa escrita simples, de frases curtas. O certo é que suas obras nos ajudam a refletir sobre o que realmente importa na vida, a voltar os olhos para o que há de mais humano, para o essencial.
CARLOS RODRIGUES BRANDÃO – É professor, pesquisador e autor, com uma trajetória admirável. Graduado em Psicologia, especializou-se em Educação, fez mestrado em Comunicação e em Antropologia, doutorou-se em Ciências Sociais pela USP e é livre-docente pela Unicamp, com pós-doutorado pela Universidade de Santiago de Compostela (Espanha) e pela Universidade de Perúgia (Itália). Além de numerosos artigos em publicações periódicas e de capítulos de obras, é autor de cerca de 40 livros, entre os quais O dia de sempre (Ed. da UFG, 1997) e Aprender o amor (Papirus, 2005). É amante da natureza, escreve poesias e, com sua alma nômade, percorre o Brasil ano após ano dando cursos, palestras, aprendendo sobre a cultura de cada rincão e ensinando, pelo exemplo, o que é ser íntegro. Um dos seres mais dóceis e amáveis de nossos tempos.