A Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) – seção brasileira do International Board on Books for Young People (IBBY), cuja missão é divulgar livros de qualidade para crianças e jovens –, reconhecendo o trabalho inédito da escrita literária criada por indígenas para esse público, e como ação de fortalecimento da nova década dos povos indígenas (2005-2015), proclamada pela UNESCO, criou, em 2004, em parceria com o Instituto Indígena Brasileiro para Propriedade Intelectual (INBRAPI), por meio do Núcleo de Escritores e Artistas Indígenas (NEAr In), o Concurso Tamoios de Textos de Escritores Indígenas.
A obra Guaynê derrota a Cobra Grande – Uma história indígena, de Tiago Hakiy, amazonense de Barreirinha, filho da etnia sateré-mawé, é a vencedora do 9º Concurso Tamoios de Textos de Escritores Indígenas. A Autêntica Editora, unindo-se a essa ação inovadora, publica o texto vencedor, possibilitando que este, transformado em livro, seja lido por mais pessoas.
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Tiago Hakiy
É poeta, escritor e contador de histórias tradicionais indígenas. De Barreirinha, estado do Amazonas, descende do povo sateré-mawé. É autor de vários livros: Awyató-pót: histórias indígenas para crianças; Águas do Andirá; Petrópolis. Tem textos publicados nas antologias A quinta estação e Antologia poética dos escritores indígenas. É membro do Núcleo dos Escritores e Artistas Indígenas (NEAr In). Em 2012 foi vencedor do Concurso Tamoios de Textos de Escritores Indígenas. Formado em Biblioteconomia pela UFAM (Universidade Federal do Amazonas), mora no coração denso da floresta amazônica, onde ocupa o cargo de Assessor Especial, na prefeitura municipal de Barreirinha.
Mauricio Negro
É ilustrador, escritor e designer identificado com temas ancestrais, mitológicos, ambientais, étnicos e ligados à diversidade cultural e artística brasileira. Participante de exposições e catálogos, já recebeu prêmios e menções no Brasil e no exterior. De Tiago Hakiy, ilustrou Awyató-pót: histórias indígenas para crianças. Com Vãngri Kaingáng, escreveu e ilustrou Jóty, o tamanduá, e, com Daniel Munduruku, é autor da adaptação A palavra do grande chefe. Colabora com diversos escritores indígenas, entre eles Olívio Jekupé, Yaguarê Yamã, Lia Minápoty e Sulamy Katy, e também com obras relacionadas às raízes africanas e afro-brasileiras. É coordenador editorial da Coleção Muiraquitãs e membro do conselho diretor da Sociedade dos Ilustradores do Brasil (SIB).
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