Auta de Souza, escritora brasileira e negra foi uma poetisa brasileira da segunda geração romântica. Escrevia poemas românticos com alguma influência simbolista, de grande valor estético e impregnados de misticismo. Tendo nascido em 1876, antes ainda que a abolição da escravatura no Brasil fosse oficializada pela Lei Áurea (1888) e sendo mulher e negra num ambiente e época extremamente conservadores, Auta de Souza conseguiu ser reconhecida pela sua enorme qualidade literária. A belíssíma obra Horto que reúne seus poemas, agora relançada pela Le Books, teve o privilégio de ser elogiada e prefaciada por ninguém menos que Olavo Bilac e Alceu Amoroso Lima. Sem dúvida, Horto é uma leitura que vai ficar na lembrança do leitor para sempre.
Yazar hakkında
Auta de Souza, escritora brasileira e negra foi uma poetisa brasileira da segunda geração romântica. Nasceu em Macaíba (RN), em 12 de setembro de 1876, filha de Eloy Castriciano de Souza e Henriqueta Leopoldina de Souza e irmã de dois políticos e intelectuais, Henrique Castriciano e Eloy de Souza. Aos 14 anos apareceram os primeiros sinais da tuberculose, obrigando-a a abandonar os estudos e a iniciar uma longa viagem pelo interior em busca de cura. Auta de Souza deve ser considerada a poetisa norte-rio-grandense que mais ficou conhecida fora do Estado. Sua poesia, romantica e com leves traços simbolistas, circulou nas rodas literárias do país despertando sempre muita emoção e interesse, e foi fartamente incluída nas antologias e manuais de poesia das primeiras décadas. Como a maioria dos escritos femininos, sua obra poética é permeada pelas experiências vividas, o que, aliás, não compromete em nada o lirismo e o valor estético de seus versos.
Aos 24 anos, no dia 7 de fevereiro de 1901, Auta de Souza morria de tuberculose. No ano anterior havia publicado seu único livro de poemas sob o título de Horto, com prefácio de Olavo Bilac, que obteve significativa repercussão na crítica nacional. Em 1910 saía a segunda edição, em Paris, e, em 1936, a terceira, no Rio de janeiro, com prefácio de Alceu de Amoroso Lima Antes de serem reunidos em O Horto.