‘É uma verdade universalmente reconhecida que um homem solteiro, de posse de boa fortuna, deve estar atrás de uma esposa.’
Elizabeth e suas quatro irmãs estão impossibilitadas de herdar a propriedade de seu velho pai e enfrentam a ameaça do despejo. As irmãs devem garantir sua segurança financeira por meio do casamento, mas nossa heroína tem outros planos. Ela fez votos de se casar somente por amor. Seu olhar acaba capturado pelo distinto Sr. Darcy, mas quem irá salvar os Bennets? Elizabeth deve se casar por amor ou deve salvar sua família?
Jane Austen se referia a Orgulho e preconceito (1813), o primeiro romance que escreveu, como seu ‘filho querido’ – e gerações de leitores lhe têm dado um cantinho em seus corações desde então. A atração irresistível que ela retrata, entre a vivaz e independente Elizabeth Bennet e o austero e solene Sr. Darcy, se insere entre as maiores, mais românticas e mais engraçadas histórias de amor já contadas.
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Em uma chuvosa quarta-feira de janeiro de 1813, Jane Austen (1775-1817) escreveu a sua irmã Cassandra contando que, naquela manhã, havia recebido seu ‘filho querido vindo de Londres’, na casa que elas compartilhavam na aldeia de Chawton, em Hampshire. O visitante era ‘inteligente, leve e cintilante’, indivíduo de quem – apesar de carecer de certa seriedade – Jane estava bastante orgulhosa e com o qual estava muito satisfeita. O filho em questão, é claro, não era uma pessoa, e sim um livro: uma cópia antecipada da primeira edição de Orgulho e preconceito.
Ela comemorou revezando com a mãe a leitura dos primeiros capítulos; sua única plateia, um vizinho pobre. Um acontecimento singelo, esse deve ter sido, naquela casa semiocupada. Originalmente escrito entre 1796 e 1797 (com o adequado título de First Impressions) e inspirado pelo cotidiano agitado no presbitério de seu pai (dos oito filhos, seis eram homens), Orgulho e preconceito reflete a rivalidade natural entre os irmãos, os teatrinhos amadores da infância da autora e as brincadeiras mais sérias de que ela participou mais tarde, já moça (envolvendo parentes ricos e pretendentes designados). Uma exibicionista acanhada, por assim dizer, suas personagens – Jane Bennet, a virtuosa irmã mais velha e confidente de Lizzy, a heroína do romance; a intragável Sra. Bennet; Sr. Collins, o clérigo inábil; para não mencionar o distinto Sr. Darcy – conservam o mesmo brilho de quando nos foram apresentadas pela primeira vez.
Os anos que se seguiram – de penúria financeira, luto e decepções amorosas – lhe foram desfavoráveis, e Austen muito rapidamente passou de criança precoce a tia solteirona. Em 1811, no entanto, já era uma escritora aclamada, reescrevendo suas primeiras histórias e publicando uma obra-prima por ano até o fim de sua curta vida.
Jane Austen brincou certa vez ao comparar sua escrita à arte de um miniaturista: ‘[…] um pedacinho de marfim no qual trabalho com um pincel tão fino e que produz pouco efeito depois de tanto esforço’. A adaptação de Orgulho e preconceito por Ian Edginton e Robert Deas reproduz o charme ‘inteligente, leve e cintilante’ do sofisticado original.