No romance O Funil do Diabo Julia Lopes de Almeida mergulha o leitor em uma intrincada história de mistério no coração de uma família burguesa, em plena era da industrialização brasileira. Intrigantes roubos assombram a casa da abastada família… Quem seria o responsável? Qual a motivação? Quais os meios usados? Desconfiança, intrigas e obsessão são os temperos desta obra.
Como em outros trabalhos, a escritora dá destaque à situação da mulher na sociedade patriarcal, a postura de autoanulação diante da autoridade dos maridos, a histeria feminina, tão em voga na época, são temas que não ficam intocado na trama.
Baseada na publicação póstuma, feita pelo ‘Jornal do Commercio’, em 1934, que, em uma homenagem à autora recém-falecida, compartilhou com o público o texto até então inédito. Como as outras publicações da Janela Amarela, esta reedição teve ortografia atualizada e conta com notas explicativas, para termos e palavras fora de uso.
Esta edição inclui:
– Texto integral do romance O Funil do Diabo escrito por Julia Lopes de Almeida, publicado postumamente no Jornal do Commercio (RJ).
– Trecho do discurso de Afonso Lopes de Almeida, por ocasião de sua posse na Academia Carioca de Letras, que traça um perfil da escritora.
– Biografia de Julia escrita pela filha, Margarida Lopes de Almeida.
– Primeiro trabalho jornalístico de Julia Lopes de Almeida: a crítica à atriz Gemma Cinubertti, publicada na Gazeta de Campinas em 1881.
Yazar hakkında
Julia Lopes de Almeida (1862- 1934) nasceu no Rio de Janeiro e morou em Campinas (SP) da infância até a juventude, onde, com o incentivo da família, publicou as primeiras crônicas, aos 19 anos, na Gazeta de Campinas. Sua produção literária é ampla, composta de crônicas, contos, peças teatrais, novelas e romances
Julia era defensora da educação feminina, do divórcio e da abolição do regime escravocrata, temas presentes em suas obras. Em 1887 casou-se com o poeta português Francisco Filinto de Almeida e tiveram seis filhos: Afonso (jornalista, poeta e diplomata), Adriano e Valentina (ambos falecidos na infância), Albano (desenhista e pintor), Margarida (escultora e declamadora) e Lucia (pianista).
Embora tenha sido uma das idealizadoras da Academia Brasileira de Letras, Julia não foi aceita entre seus membros pois o regimento da época só permitia homens. Mas foi reconhecida pela Academia Carioca de Letras que a homenageou com a cadeira 26, sendo a única mulher entre os 40 patronos.