Paulo Freire é um desses homens de verdes orelhas. Um adulto que não deixou morrer a sua ‘meninice’ e, justamente por isso, nunca deixou de se inquietar com as ‘coisas’ do mundo, de perguntar e perguntar-se, de sonhar, de amar, de acreditar na alegria e de encantar-se.
Suas verdes orelhas levaram-no a muitas andarilhagens, o que o tornou mundialmente conhecido. Homenageado em inúmeras universidades brasileiras e estrangeiras, é o educador que mais recebeu títulos honoris causa. Seu livro Pedagogia do Oprimido é a terceira obra mais citada na área de humanidades no mundo, segundo Elliot Green, professor da London School of Economics. Sua obra é estudada em diversos centros educacionais nacionais e internacionais.
Educador pernambucano e patrono da educação brasileira, Paulo Freire denunciou as várias formas de opressão pelas quais estão submetidas as classes populares, mas também àquelas que, para além das condições de classe, ocorrem nos diversos contextos da relação humana. Contudo, não se fixou apenas na denúncia, mas, dialética e amorosamente, anunciou a possibilidade de uma Educação como Prática de Liberdade. Isso, é claro, incomodou e continua incomodando as elites brasileiras e igualmente aquelas pessoas que, mesmo não pertencendo aos estratos da elite, hospedam e reproduzem os valores opressores das classes dominantes. Daí, os duros ataques que ele e sua obra vêm sofrendo no momento atual
Yazar hakkında
ORGANIZADORES:
Marta Regina Paulo da Silva – Doutora em Educação pela Unicamp. Mestre em Educação pela Universidade Metodista de São Paulo (Umesp). Graduada em Psicologia e Pedagogia. Docente-Pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (PPGE-USCS). Coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisa Infâncias, Diversidade e Educação – Gepide (PPGE-USCS) e do Grupo de Estudos e Pesquisa Paulo Freire – GEPF (PPGE-USCS). Autora de livros e artigos científicos em educação.
Jason Ferreira Mafra – Doutor e mestre em educação pela USP. Graduado em História pelo Unisal. É diretor e docente do Programa de Pós-Graduação Profissional em Educação na Uninove e docente do Programa de Pós-Graduação em Educação na mesma universidade. Coordena o Grupo de Pesquisa Ylê-Educare: educação e questões étnico-raciais, do CNPq. É membro do Conselho Internacional do Instituto Paulo Freire. Autor de livros e artigos científicos em educação.