No seu mais famoso ensaio, Walter Benjamin analisa como as mudanças operadas pela modernidade com o advento da fotografia e do cinema (e as transformações trazidas pelas respectivas técnicas) mexem com o status da obra de arte, retirando-lhe a ‘aura’, característica que a torna única, experiência da contemplação ‘aqui e agora’. Com Benjamin, a arte passa a ser pensada de modo diverso: a reprodução deixa de ser tratada como uma mera cópia e passa a ser pensada como a própria obra.
Yazar hakkında
Walter Benjamin nasceu em 15 de julho de 1892 em Berlim, filho de um casal de judeus assimilados. Estudou filosofia, literatura alemã e história da arte entre Freiburg, Berlim, Munique e Berna. Em 1917 casou-se com Dora Pollak, com quem teve o único filho, Stefan. Viveu como escritor e tradutor (de Baudelaire, Proust, Balzac, entre outros) em Berlim e, em 1933, emigrou para a França, após a ascensão dos nazistas ao poder. De sua obra rica e multifacetada se destacam sua tese de doutorado, O conceito de crítica de arte no romantismo alemão (1919), os diversos ensaios como ‘A tarefa do tradutor’ (1923), ‘Origem do drama barroco alemão’ (1928), ‘História cultural do brinquedo’ (1928), ‘Infância em Berlim por volta de 1900’ (1934), a análise do romance Afinidades eletivas, de Goethe (1924), os aforismos de Rua de mão única (1928), as cartas de autores alemães reunidas em Pessoas alemãs (1936) e o projeto das Passagens, monumental ensaio no qual esboçou uma história do século XIX a partir das emblemáticas galerias parisienses, projeto que ficou inacabado quando, em 1940, mesmo tendo obtido um visto para os Estados Unidos, não conseguiu sair da França ocupada. Na iminência de ser capturado e enviado para um campo de extermínio, deu fim à própria vida, em Portbou, na fronteira entre a França e a Espanha.