Edgar Morin compartilha suas experiências, reflexões e conquistas ao longo de sua trajetória intelectual neste História(s) de vida. Mais do que uma autobiografia, o livro é um mergulho nas ideias e nos valores que norteiam o trabalho de um dos mais influentes pensadores contemporâneos.
História(s) de vida é fruto de uma longa cumplicidade intelectual que fez da jornalista Laure Adler uma interlocutora privilegiada do filósofo e sociólogo Edgar Morin. Durante essas trocas regulares eles percorrem juntos a vida do filósofo, seus compromissos, seus encontros.
As entrevistas evocam sua infância, marcada pela morte da mãe; sua atuação na Resistência ao lado de Marguerite Duras e François Mitterrand; seu compromisso com o Partido Comunista durante a guerra da Argélia; sua posição sobre o conflito israelo-palestino; ecologia; migrações; racismo; antissemitismo e o papel e o dever dos intelectuais em tempos de crise, em particular em tempos de Covid. Como um verdadeiro visionário que desafia as fronteiras do conhecimento, Morin vai revelando os momentos cruciais que moldaram seu complexo pensamento.
Sobre estes inúmeros temas, Morin fornece à Laure Adler um ponto de vista de um sábio cheio de acuidade e capaz de autocrítica. As múltiplas reflexões de um pensamento em constante movimento deste intelectual que a jornalista apresenta como ‘um aventureiro do conhecimento’, vagando por todas as disciplinas.
A busca incessante de Morin por uma compreensão mais profunda da condição humana e da complexidade do mundo é conduzida de forma envolvente pelas perguntas da amiga de longa data. Com clareza e profundidade, o filósofo compartilha suas visões sobre o mundo e oferece uma perspectiva inspiradora e provocante sobre o futuro da humanidade.
Um dos maiores pensadores contemporâneos, tanto quanto seu pensamento, é seu longo destino que ele evoca aqui com Laure Adler neste testemunho que nos convida a tirar lições de otimismo e vitalidade.
Про автора
Edgar Morin nasceu em Paris em 1921. Filho de judeus espanhóis, sua adolescência foi marcada pela ascensão do nazismo, pelos processos de Moscou e pela marcha em direção à guerra. Aos vinte, durante a ocupação de Paris pelos nazistas, adere ao Partido Comunista – do qual seria expulso em 1951 por suas posições antistalinistas – e à Resistência Francesa. Após a guerra, entra para o Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), o maior órgão público de pesquisa científica da França e uma das mais importantes instituições de pesquisa do mundo. Formado em Direito, História e Geografia, é autor de inúmeras obras de Filosofia e Sociologia, como A cabeça bem-feita, Ciência com consciência, Conhecimento, ignorância, mistério, Lições de um século de vida entre outros publicados pela Bertrand Brasil.