Fé na educação, fé na escola, fé em termos criança na escola, fé nas professoras e professores de todo o país que conseguem ficar ainda mais perto de suas alunas e alunos, mesmo quando precisam ficar longe. Fé no conhecimento dos livros e dos avós. Num tempo em que muita gente ainda teima que fé e ciência estão em lados opostos, descobrimos que o que pode nos salvar é justamente a fé na ciência. A fé está viva e sã. Ela é assim: teimosa, persistente, resistente. Bem lá no fundo, a fé é uma criança cantando. Gilberto Gil Primeiro livro da coleção Letra ilustre, que traz letras de canções emblemáticas do repertório brasileiro interpretadas por grandes artistas.
Про автора
Baiano de Salvador (1942), Gilberto Gil Moreira é uma das figuras mais reconhecidas da cultura popular brasileira. Autor de clássicos como Refazenda, Esotérico, Expresso 2222, Realce. Entre outros. Começou sua carreira no acordeão, ainda nos anos 50. Seu primeiro LP, Louvação (1967), já concentrava sua forma participar de musicar elementos regionais sem perder a atenção para as singularidades do mundo contemporâneo. Em 1963 conheceu Caetano Veloso e com ele iniciou uma longa parceria. Juntos fundaram o movimento tropicalista, que envolveu artistas como Gal Costa, Tom Zé, Rogério Duprat, José Capinam, Torquato Neto, Rogério Duarte, Nara Leão, entre outros e mudou a história cultural do Brasil. Por sua postura provocadora, Gil e Caetano foram presos pela ditadura Militar. Forçados ao exílio, fora viver em Londres, onde receberam forte influência dos Beatles, de Jimi Hendrix e de todo o mundo pop que despontava na época. Ao retornar para o Brasil, Gil deu continuidade a uma rica produção fonográfica. São ao todo quase 60 discos, que tiveram em torno de 4 milhões de cópias vendidas, conquistando vários prêmios, entre eles nove Grammys. Em 1979, o cantor e compositor assumiu o cargo de membro do Conselho de Cultura do Estado da Bahia, sendo o primeiro negro a ocupar essa posição. Alguns anos depois, com a retomada democrática no Brasil, já em 1987, tomou posse na presidência da Fundação Gregório de Mattos, responsável pelas políticas culturais de Salvador; em seguida, entre 1989 e 1992 foi vereador da capital baiana. Para culminar essa faceta política, em 2002, após sua nomeação como Ministro da Cultura, Gil passou a circular também pelo universo sociopolítico, ambiental e cultural internacional. Suas múltiplas atividades vêm sendo reconhecidas por várias nações, que já o nomearam, entre outros, Artista da Paz (Unesco) e Embaixador de FAO (ONU), além de lhe concederam condecorações e prêmios diversos, como o Légion d’Honnur da França e o Sweden’s Polar Music Prize. Reconhecimento de sua vida e obra mais recente veio através da nomeação de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Berklee e de imortal pela Academia Brasileira de Letras (ABL) para ocupar a cadeira de número 20. Ambos os títulos recebidos em 2021
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