Hugo vive uma vida pacata na cidade de Pedra Redonda, interior de Goias. Ao voltar de uma comemoração antecipada de seu aniversário de 18 anos, o jovem se depara com uma figura oculta atrás de um poste. Desconfiado, tenta fugir, mas a figura revela-se um homem nervoso, com uma arma na mão, que aponta para Hugo e dispara.
Desnorteado e atônito, Hugo acorda 23 minutos depois, e se questiona se ainda está vivo ou se tudo aquilo é parte de sua ‘passagem’. Ao se ver em meio àquilo que imagina ser a cena de seu assassinato, ele descobre que a arma do crime continua no chão e a leva consigo para casa.
A partir daquele dia, Hugo passa a experienciar o mesmo acontecimento todas as noites. Sempre no mesmo horário, por 23 minutos, não importando o lugar em que estiver, Hugo morre e volta à vida. Enquanto aprende a lidar – e a esconder – sua nova realidade, o jovem parte em uma jornada para entender não só o que está acontecendo, mas também quem ele realmente é e o que o futuro reserva para ele.
São várias as perguntas que ficam na cabeça do garoto. Quais os motivos levariam um homem misterioso a atirar em uma vítima indefesa? Por que Hugo voltou à vida? Será seu destino reviver a morte para sempre e sofrer até o fim dos tempos?
‘Waldson usa as palavras como instrumento afiado para evocar emoções adormecidas dentro da gente.’ – Stefano Volp, autor de Homens pretos (não) choram e O beijo do rio’
Про автора
Waldson Souza é natural de Brasília, graduado em Letras, mestre e doutorando em Literatura pela Un B. Entre suas obras, estão O homem que não transbordava, Oceanïc e Te vejo no próximo mundo. Escreveu contos publicados nos livros Vislumbres de um futuro amargo, As artes mágicas do Ignoto e Raízes do amanhã. Também publicou textos nas revistas Piauí e Quatro Cinco Um.