BAUDOLINO gravita em torno dos prazeres da corte de Federico Hohenstaufen, conhecido como Barbarossa, à época da Terceira Cruzada. A história engloba justamente o período entre 1152 e 1204, começando com a ascensão de Barbarossa ao trono e terminando com a conquista de Constantinopla pela temida ordem dos cavaleiros templários. A trama é protagonizada por Baudolino – adolescente, criativo e mentiroso que dá título à obra – e Niceta Coniate, personagem inspirado em um historiador e orador que viveu na corte de Constantinopla. A narrativa retrocede, enquanto Baudolino conta a Niceta suas aventuras e desventuras, numa mistura de fantasia e realidade, História e faz-de-conta. Tudo isso temperado por inúmeras situações cômicas. No intervalo, Eco embaralha os seus personagens inventados e produz o mais recorrente efeito de seu texto: interferir em acontecimentos históricos conhecidos por meio de atos ou circunstâncias vividas pelos personagens fictícios.
About the author
Reconhecido como um dos mais importantes escritores e pensadores dos últimos tempos, Umberto Eco (1932 – 2016) foi filósofo, semiólogo, crítico literário e professor de semiologia da Universidade de Bolonha. Sua obra se encontra publicada no Brasil pela Editora Record. Entre seus principais livros ensaísticos estão: Obra aberta, A estrutura ausente, Tratado geral de semiótica e filosofia da linguagem, os limites da interpretação, A busca da língua perfeita, Seis passeios pelo bosque da ficção, Kant e o ornitorrinco, Sobre literatura, Quase a mesma coisa e A definição da arte. Entre suas coletâneas, destacam-se: Diário mínimo, O segundo diário mínimo, Cinco escritos morais, História da beleza e História da feiura. Na ficção, estreou em 1980 com O nome da rosa, seguido de O pêndulo de Foucault, A ilha do dia anterior, Baudolino, A misteriosa chama da rainha Loana, O cemitério de Praga e Número zero.