Em O SENHOR DO LADO ESQUERDO, estas e outras situações se entrecruzam como num passeio pela história e pela geografia do Rio de Janeiro, para instituir uma mitologia erótica da cidade e investigar, fundamentalmente, os subterrâneos da sexualidade humana. Alberto Mussa reúne mitologia, realidade e ficção, e vale-se das inúmeras possibilidades do ensaio e do gênero policial para se enveredar pelo território das disputas e dos prazeres do sexo. Com tamanha riqueza de detalhes, tanto na fábula quanto no relato baseado em dados e fontes oficiais, há uma conseqüente – e proposital – mistura entre real e ficcional. Onde termina o ensaio e começa a ficção?
Menino que cresceu entre os livros da extensa biblioteca do pai, Alberto Mussa teve sua estreia literária como contista, em 1997, com Elegbara. Em seguida, vieram O trono da rainha Jinga, O enigma de Qaf, O movimento pendular e Meu destino é ser onça — obras que habitam uma zona fronteiriça e original entre o romance e o ensaio. Seus livros são traduzidos em sete idiomas e vem recebendo críticas elogiosas da imprensa estrangeira. A prestigiosa revista francesa Le Magazine Litteraire afirmou que Alberto Mussa inscreve-se na linhagem dos escritores que reinventam a historia da literatura, e é comparado a Jorge Luis Borges. Para a revista Telerama, que o chamou de gênio, Mussa é um escritor que ‘reinventa a escrita e a narrativa’. Para o Le Monde, O Enigma de Qaf é ‘um cruzamento de influencias de Borges, de Cortázar e As mil e uma noites’.
Giới thiệu về tác giả
Alberto Mussa nasceu no Rio de Janeiro, em 1961. Sua ficção abarca o conto e o romance, com destaque para o ‘Compêndio Mítico do Rio de Janeiro’, série de cinco novelas policiais, uma para cada século da história carioca. Recriou a mitologia dos antigos tupinambás; traduziu a poesia árabe pré-islâmica; escreveu, com Luiz Antônio Simas, uma história do samba de enredo; e organiza, com Stéphane Chao, o
Atlas universal do conto. Entre outras distinções, ganhou os prêmios Casa de Las Américas, o de Ficção, da Academia Brasileira de Letras, o Machado de Assis (duas vezes), da Biblioteca Nacional, e o da APCA (também duas vezes). Sua obra está hoje publicada em 17 países e 14 idiomas.