A Editora Contracorrente tem a honra de anunciar a reedição da obra A função social da guerra na sociedade tupinambá, terceiro volume da coleção Florestan Fernandes, coordenada pelo professor Bernardo Ricupero. O prefácio desta edição é do professor Renato Sztutman e o posfácio é uma entrevista inédita com o professor Eduardo Viveiros de Castro.
Originalmente, este livro foi a tese defendida por Florestan, em 1951, na ocasião do seu doutorado na Universidade de São Paulo. Estruturado em três ‘livros’, o primeiro aborda a ‘tecnologia guerreira’, o segundo fala sobre ‘os mecanismos tribais de controle social e a guerra’, e, por fim, o terceiro apresenta as conclusões da investigação com três contribuições diferentes do trabalho.
A obra é um clássico que trata da guerra, da magia e da religião como questões centrais para entender como o ‘inimigo’ era essencial na produção da sociedade tupinambá.
Nas palavras de Sztutman: ‘como ele mesmo pontuou, para que o Brasil viesse à existência, os brasis tiveram de ser pacificados, e essa paz não se fez com pouco sangue, com pouca violência; pelo contrário, da guerra que visava a captura do inimigo destinado ao ritual de sacrifício passava-se à guerra pacificadora, a ´guerra justa`, conquista de terras e de almas, motor de aniquilação’.
Giới thiệu về tác giả
Florestan Fernandes nasceu na cidade de São Paulo, em 1920. De origem popular, ingressou na Universidade de São Paulo (USP) em 1941, obtendo o mestrado e o doutorado na Escola Livre de Sociologia e Política (ESP), em 1945 e em 1946, a livre-docência em 1953 na USP e tornando-se titular da cadeira de Sociologia I da mesma Universidade em 1964. Cassado pelo AI-5 em 1969, passa a lecionar nos EUA e no Canadá. É um dos mais respeitados sociólogos do país, tanto nacional quanto internacionalmente, considerado o fundador da sociologia crítica no Brasil. Foi eleito deputado federal pelo PT-SP em 1986 e 1990. Faleceu em São Paulo em 1995.