O que acontece à mesa além do comer? Quando se reúnem pessoas, comer pode ser um pretexto para negociar, criticar, pedir ou mesmo para conhecer melhor o outro com quem se partilha os alimentos e as bebidas.
Em ‘O Banquete’, o autor faz uso da comida do cardápio como ponto para descrever a personalidade da anfitriã e dos seus convidados que participam do evento. No desenvolvimento do texto, a narração é complementada pelo diálogo afiado entre as personalidades – marcado por semelhanças com o modelo platônico, daí a escolha do título. Eles debatem sobre assuntos diversos, tendo algumas vezes, o coquetel, o vinho, a salada e outros elementos do cardápio como tema por meio dos quais expõem opiniões, palpites, preconceitos e reafirmam o posicionamento social de cada um.
O leitor tem aqui o encontro com uma obra inacabada de Mário de Andrade – infelizmente ele faleceu antes de terminar os últimos capítulos –, cuja edição preserva a ortografia original que não foi revisada pelo autor. No ‘banquete’ de Mário, o conteúdo é também suficiente para demonstrar o ambiente político-social, além da linguagem de uma época que já viveram muitos brasileiros.
Mục lục
Capítulo I – Abertura
Capítulo II – Encontro no Parque
Capítulo III – Jardim de Inverno
Capítulo IV – O Aperitivo
Capítulo V- Vatapá
Capítulo VI – Salada
Capítulo VII – Doce de Coco
Capítulo VIII – O Passeio em Pássaros
Capítulo IX – Café Pequeno
Capítulo X – As despedidas
Giới thiệu về tác giả
Mário de Andrade (1893-1945) foi um escritor brasileiro. Publicou ‘Pauliceia Desvairada’ o primeiro livro de poemas da primeira fase do Modernismo. Além de poeta, foi romancista, contista, crítico literário, professor e pesquisador de manifestações musicais e excelente folclorista.
Mário se interessava por tudo aquilo que dissesse respeito ao seu país, e teve papel importante na implantação do Modernismo no Brasil se tornado a figura mais importante da Geração de 22. Suas obras apresentam nacionalismo crítico, liberdade formal e valorização da linguagem coloquial. ‘O peru de Natal’, conto que mobiliza a experiência vivida por meio da escrita ficcional e é considerado pelos grandes críticos literários como o melhor conto de Mário de Andrade e um dos melhores contos brasileiros. Das muitas facetas do polígrafo Mário de Andrade, uma delas, ainda pouco conhecida, é a de Mário gourmet, Mário pensador da culinária brasileira. Das muitas facetas do polígrafo Mário de Andrade, uma delas, ainda pouco conhecida, é a de Mário gourmet, Mário pensador da culinária brasileira. O autor, que também colecionava cardápios e era apaixonado pela gastronomia, vivenciou uma intensa sociabilidade ao redor da mesa, com registros de encontros dos modernistas.
No dia 25 de fevereiro de 1945, aos 51 anos de idade, Mário de Andrade falece em São Paulo, vítima de um ataque cardíaco.